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Bares, restaurantes e salões de beleza reabrem na Itália

Itália começou nesta semana mais uma fase da reabertura de sua economia após implementar severas medidas de isolamento contra o coronavírus

Redação Jornal de Brasília

19/05/2020 9h30

A Itália começou nesta semana mais uma fase da reabertura de sua economia após implementar severas medidas de isolamento contra o coronavírus. Pequenos e grandes comércios, restaurantes, bares, cafés e salões de beleza foram autorizados a retornar ao trabalho, ainda que com medidas de distanciamento social.

A Basílica de São Pedro, no Vaticano, também abriu suas portas ao público, tornando-se um símbolo do retorno a uma relativa normalidade na Itália. Na presença de vários policiais usando luvas e máscaras cirúrgicas, um punhado de visitantes esperava, seguindo as marcações no chão para respeitar uma distância mínima de 1,5 metro, entrou na Basílica, fechada desde 10 de março, depois de medir a temperatura e desinfetar as mãos com álcool em gel.

Sob a enorme cúpula com mármore, os fiéis podiam ser contados com os dedos de uma mão, alguns recolhidos em oração de joelhos diante do túmulo do falecido papa João Paulo II.

Primeiro país a confinar há mais de dois meses toda a sua população para conter a pandemia de coronavírus, a península lamenta a morte de aproximadamente 32 mil pessoas. No entanto, o país experimenta desde 4 de maio um pouco de liberdade, graças ao primeiro levantamento parcial das restrições.

No domingo, os romanos pareciam se reapropriar da cidade eterna, sem nenhum turista estrangeiro e com poucos carros, mas atravessada por um número crescente de corredores, caminhantes e ciclistas. Na manhã de terça, o tráfego era quase normal aos pés do Coliseu ou nas principais avenidas do centro da cidade.

“A Itália acende as luzes após 69 dias de fechamento”, resumiu o jornal La Repubblica.

“Sinal de esperança” para o papa Francisco, as missas e as celebrações religiosas foram retomadas nas igrejas de Roma e no resto do país, com medidas adequadas de distanciamento social. Alguns devotos assistiram a uma celebração matinal na igreja de Santa Maria em Transpontina, perto do Vaticano, com separação obrigatória nos bancos e comunhão “sem contato”.

Nenhuma celebração pública está prevista na Basílica de São Pedro. No entanto, está marcada uma missa para o meio-dia na majestosa catedral gótica de Milão, no norte, símbolo da capital da Lombardia, uma região duramente atingida pela covid-19.

“Não podemos nos dar ao luxo de esperar pela descoberta de uma vacina para reabrir o país”, justificou no sábado à noite o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte. “Nossos princípios permanecem os mesmos: proteger a vida, a saúde dos cidadãos. Mas devemos fazê-lo de maneira diferente”, argumentou ele, enquanto a pandemia parece estar sob controle.

O número diário de mortes caiu neste fim de semana, com 145 registradas no domingo, para seu nível mais baixo desde o início do confinamento.

Capital volta aos poucos

Em Roma, pizzarias, confeitarias e outros comércios se prepararam para a reabertura nos últimos dias. Nesta segunda, algumas fachadas estavam abertas, mesas reapareceram nos terraços, mas a retomada parece limitada. “Ainda é um pouco cedo, vai ficar agitado esta tarde”, quer acreditar Elena, que veio tomar seu café da manhã perto da praça Campo dei Fiori.

Essa etapa do desconfinamento deixa a cada uma das 20 regiões uma ampla margem de manobra, às vezes alimentando “confusão” segundo certas vozes críticas.

Como em toda a Europa, à medida que o levantamento das restrições avança, a imprensa italiana se debruçou sobre as medidas planejadas, decifrando o que é autorizado e “o que permanece proibido”. Família, amigos, colegas, agora os italianos poderão ver quem quiserem, em casa ou fora. No entanto, grandes reuniões seguem proibidas, como festas particulares. A máscara é obrigatória em espaços fechados com público.

A próxima etapa está prevista para 25 de maio, com a reabertura de academias, piscinas e centros esportivos. Em 3 de junho, o país reabrirá suas fronteiras aos visitantes do espaço Schengen e, portanto, aos turistas europeus, a fim de relançar o setor do turismo o mais rápido possível. / AFP

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