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ALERTA: Senado dos EUA absolve Trump de primeira acusação do processo de impeachment

Senado dos EUA absolve Trump de primeira acusação do processo de impeachment

Redação Jornal de Brasília

05/02/2020 19h27

(FILES) In this file photo taken on September 24, 2019 US President Donald Trump attends a meeting with Indian Prime Minister Narendra Modi (not shown) at UN Headquarters in New York, on the sidelines of the United Nations General Assembly. – US President Donald Trump’s shaky grasp of geography includes not knowing that India shares a border with China, according to a new book by a pair of reporters for The Washington Post. The book, “A Very Stable Genius” by Philip Rucker and Carol Leonnig, highlights episodes of volatile behavior by the president along with his ignorance of basic geography and history.”It’s not like you’ve got China on your border,” the authors quoted Trump as telling Indian Prime Minister Narendra Modi during a meeting between the two leaders. v (Photo by SAUL LOEB / AFP)

Senado dos EUA absolve Trump de primeira acusação do processo de impeachment.

Embora o caso tenha dividido o país, não parece ter prejudicado a imagem do mandatário entre os seus partidários, em um período crucial no qual busca a reeleição.

Trump foi denunciado ao Congresso pela maioria democrata da Câmara de Representantes por abuso de poder e obstrução em dezembro do último ano. Após quase três semanas de audiências, espera-se que Trump seja absolvido por um Senado dominado pelos republicanos.

Momentos antes do início da votação, o senador republicano por Utah Mitt Romney confirmou que votou pela condenação de Trump.

“O presidente é culpado de um abuso chocante da confiança pública”, disse o ex-candidato à Presidência em 2012 em um discurso no Senado.

“Corromper uma eleição para se manter no poder talvez seja a violação mais abusiva e destrutiva do juramento ao cargo de alguém que eu possa imaginar”, acrescentou.

Os democratas querem o impeachment de Trump por ele tentar forçar a Ucrânia a investigar seu possível oponente presidencial Joe Biden, com ameaças de bloqueio de US$ 391 milhões da ajuda militar crucial para este país em guerra, além de acusá-lo de tentar impedir a investigação do Congresso após essa denúncia.

Embora o encerramento do julgamento político não signifique o fim das investigações dos democratas contra o presidente, dá a Trump impulso em sua corrida pela reeleição, após um tumultuado primeiro mandato.

– De olho nas próximas eleições –

Trump aproveitou seu discurso sobre o Estado da União, perante o Congresso, na noite desta terça, para exaltar suas conquistas, reais e imaginárias.

Em sua fala de uma hora e 18 minutos, o inquilino da Casa Branca elogiou o desempenho de seu governo e proclamou “o grande retorno” dos Estados Unidos, em alusão ao lema da sua campanha.

O presidente afirmou que as suas políticas econômicas, criticadas por seus adversários políticos sob justificativa de que prejudicariam o meio ambiente e favoreceriam os ricos, foram responsáveis pelo progresso do país.

Quanto ao “grande sucesso econômico” dos Estados Unidos, Trump comentou que a sua “estratégia funcionou”, referindo-se aos acordos comerciais com a China, assim como o México e o Canadá.

Trump criticou o antecessor democrata, Barack Obama, e declarou que o seu governo reverteu a “decadência econômica” e “restaurou” o orgulho americano.

“Os inimigos do Estados Unidos estão fugindo, as fortunas americanas estão aumentando e o futuro do nosso país é brilhante”, disse.

– “Deve ser destituído” –

A hostilidade de Trump com a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, a quem se negou a cumprimentar ao entrar no plenário, e o tom de seu discurso despertaram ainda mais a ira dos democratas.

Segundos depois de o presidente concluir sua fala, Pelosi, líder democrata no Congresso, rasgou uma cópia do discurso em momento transmitido ao vivo na televisão.

Essa profunda frustração só aumentará após a votação marcada para o final desta tarde nos EUA.

Para os democratas, respaldados ao menos em parte por alguns republicanos, o que Trump fez em relação à Ucrânia consistiu em um convite ilícito para que um governo estrangeiro interferisse na eleição americana.

“Quando nosso presidente convida e pressiona um governo estrangeiro a difamar um adversário político e corromper a integridade das nossas eleições presidenciais de 2020, ele deve ser destituído”, argumentou nesta quarta o senador democrata Jeff Merkley.

Porém, após semanas de julgamento, marcados pela negativa dos republicanos em usar testemunhas e documentos oficiais que pudessem respaldar a acusação, o poder de Trump não parece ter sido corrompido.

O senador republicano John Cornyn ressaltou que as acusações contra Trump, que qualificou como sendo profundamente partidárias, não justificam sua saída do poder. Segundo ele, a questão deve ser resolvida nas urnas em novembro.

“O impeachment de um presidente do Estados Unidos é a opção nuclear para a nossa Constituição, é o último recurso”, finalizou.

© Agence France-Presse

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