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Alerta máximo na Coreia do Sul, Irã e Itália por propagação do coronavírus

Na Itália, o primeiro país da Europa a estabelecer uma quarentena, quase 52.000 pessoas estão em zonas de confinamento nas regiões da Lombardia e de Veneto

Redação Jornal de Brasília

24/02/2020 8h52

A young tourist wearing a protective facemask and a Carnival mask visits the streets of Venice, on February 24, 2020 during the usual period of the Carnival festivities which the last two days have been cancelled due to an outbreak of the COVID-19 the novel coronavirus, in northern Italy. – Italy reported on February 24, 2020 its fourth death from the new coronavirus, an 84-year old man in the northern Lombardy region, as the number of people contracting the virus continued to mount. (Photo by ANDREA PATTARO / AFP)

Com exceção do foco de infecção no cruzeiro “Diamond Princess” no Japão, a Coreia do Sul é o país com o maior número de pacientes, com 602 casos, incluindo quase 300 da seita cristã Shincheonji. Seis mortes foram registradas no território sul-coreano.

Dezoito membros da seita diagnosticados com o novo coronavírus retornaram de uma viagem de peregrinação a Israel, onde foi registrado o primeiro caso. Quase 200 estudantes que tiveram contato com turistas sul-coreanos foram colocados em quarentena.

Na Itália, o primeiro país da Europa a estabelecer uma quarentena, quase 52.000 pessoas estão em zonas de confinamento nas regiões da Lombardia e de Veneto.

– Carnaval de Veneza suspenso –

A primeira medida de confinamento no mundo foi anunciada em 23 de janeiro para os 11 milhões de habitantes de Wuhan, cidade na região central da China onde surgiu a epidemia.

Autoridades do norte da Itália, entre elas as da cidade de Milão, decidiram neste domingo fechar escolas, museus, teatros, cinemas e lugares de grande circulação e suspenderam o Carnaval de Veneza e todos os eventos esportivos na região. Até o momento o novo coronavírus causou três mortes no país.

A Itália tem 149 infectados, a nação europeia com o maior número de casos, de acordo com a Proteção Civil. Duas pessoas com mais de 70 anos morreram vítimas da doença no país nos últimos dias.

Países vizinhos da Itália, como França, Suíça e Áustria acompanham com atenção a situação. O ministro francês da Saúde, Olivier Veran, considera muito prováveis novos casos em seu território.

Como na Itália, o Irã, com oito mortos – país com mais vítimas fatais fora da China – e 43 infectados, adotou medidas drásticas para lutar contra a epidemia, incluindo o fechamento de centros de ensino em 14 províncias.

As autoridades de Teerã anunciaram que a capital, de 8 milhões de habitantes, será colocada em quarentena em caso de aumento dos casos.

– Riscos de expansão –

Ainda que o ministério da Saúde chinês tenha registrado uma aparente queda na propagação do vírus – 648 novos contágios -, a expansão fora do país está aumentando a preocupação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) teme “a possível propagação do COVID-19 nos países com sistemas de saúde mais precários”, advertiu o diretor geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Na China, o balanço subiu para 2.442 mortos, após o anúncio de 97 novas vítimas fatais. Com exceção de uma, todas aconteceram na província central de Hubei, epicentro da doença.

Mas é a propagação fora do país que gera grande preocupação.

Um estudo publicado na sexta-feira pelo Centro de Doenças Infecciosas do Imperial College de Londres calcula que “quase dois terços dos casos de COVID-19 fora da China não foram detectados em todo o mundo”.

A epidemia pode colocar em risco a frágil recuperação da economia mundial, afirmou Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), aos ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 reunidos na capital da Arábia Saudita.

“O vírus COVID-19 afeta a atividade econômica na China e pode colocar em risco a recuperação mundial”, advertiu.

Para a médica Nathalie MacDermott, do King’s College de Londres, a evolução da epidemia é “muito preocupante” por causa da dificuldade em identificar a origem dos últimos focos epidêmicos.

Agence France-Presse

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