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Waleska se despede da seleção de vôlei e prevê pódio

Arquivo Geral

15/05/2012 17h04

Após conquistar o título dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 com a Seleção Brasileira feminina de vôlei, sob o comando de José Roberto Guimarães, Walewska resolveu encerrar sua trajetória na equipe nacional. Durante a apresentação do Campinas, o técnico tentou, em tom de brincadeira, demover a jogadora, que resistiu ao ‘assédio’ e apostou em um novo pódio olímpico de suas ex-companheiras.

 

Durante a entrevista que marcou o lançamento da nova equipe, realizada nesta terça-feira, Zé Roberto lembrou a ausência da atleta na Seleção que disputará os Jogos de Londres. A cada brincadeira do treinador, a jogadora, sem jeito, sorria e balançava a cabeça.

 

Aos 32 anos, Walewska é o principal destaque do recém-criado Campinas, que se coloca como candidato ao título da próxima Superliga. Depois de abordar o possível retorno da jogadora á Seleção de forma bem-humorada algumas vezes, Zé Roberto sentiu a necessidade de fazer um esclarecimento.

 

“Só para não ficar nada no ar, ela foi convidada, mas tem todo o direito de escolher depois de servir a Seleção por tantos anos, porque eu sei o sacrifício que isso exige. Depois de sete temporadas no exterior, a Walewska resolveu voltar para cuidar da família e já deu o suficiente da vida dela para a Seleção. Por isso, só insisti um pouquinho”, disse o técnico, sorrindo.

 

Firme, a atleta mantém a posição de se manter afastada da Seleção Brasileira. Dois dias depois de ver o time nacional garantir presença em Londres como campeão do Pré-olímpico Sul-americano, a experiente central disse acreditar na possibilidade de um novo pódio olímpico.

 

“A equipe sempre se comportou muito bem nos jogos internacionais. Com certeza, vai trazer uma medalha. Não sei exatamente como elas vão se apresentar na Olimpíada, mas já têm a experiência da edição anterior, já estiveram em uma final olímpica. Isso conta muito e certamente o time vai ter um bom desempenho”, declarou.

 

Apesar da postura otimista, Walewska lembrou que a Seleção Brasileira fracassou na última Copa do Mundo e precisou conquistar a vaga em Londres através do Pré-olímpico, o que, na opinião da campeã em Pequim-2008, serve como um sinal de alerta.

 

“Acho que elas podem ter aprendido com isso. A Seleção é a atual campeã olímpica, mas pode não ser de novo. Para ser novamente, vai ter que trabalhar dobrado, porque o Brasil é o time mais visado do mundo. Todas as outras equipes pensam em vencer o Brasil e por isso vai ser muito mais difícil do que em 2008”, afirmou.

 

Para a atleta, a Turquia será uma das principais concorrentes do time brasileiro na Inglaterra. “Foi um time que me impressionou muito, até porque o campeonato turco evoluiu bastante nos últimos anos. Com isso, as jogadoras turcas tiveram mais contato com as estrangeiras, o que é fundamental. É a única equipe que pode realmente incomodar”, analisou.

 

Ainda que recuse o convite para retornar á Seleção Brasileira, a experiente Walewska procura traçar novos desafios para a parte final de sua carreira. Após defender o Vôlei Futuro na última temporada, ela se diz pronta para assumir uma função de líder no Campinas.

 

“Com 32 anos, também busco alguns desafios e esse projeto é um deles. Já tenho experiência para encabeçar uma equipe nova e ajudar a dar uma cara para as mais novas que estão chegando. Isso vai ser muito importante para mim no aspecto pessoal”, declarou.

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