A vitória na estréia da etapa de Imbituba do WCT (elite do surfe mundial) deixou o brasileiro Victor Ribas empolgado com a possibilidade de se classificar para o circuito em 2006. Atual 25º colocado, ele precisa terminar entre os 27 primeiros da temporada e um bom resultado no penúltimo evento do ano o garante na elite de 2007.
“Estou precisando de um bom resultado aqui e fiz tudo certo, agi com a cabeça. O WCT é muito difícil, tem os melhores surfistas do mundo todo, um querendo comer o outro,é super complicado se dar bem nesses campeonatos, mas eu me sinto muito bem”, analisa.
A passagem direta para a terceira fase já garante ao brasileiro alguns pontos no ranking, já que no mínimo ele trocará um 33º lugar por 17º. A sua intenção é não precisar do WQS (divisão de acesso), circuito no qual é décimo colocado, para se garantir no WCT deste ano. A divisão de acesso classifica os 15 primeiros na elite do ano posterior.
“Cancelei minha inscrição no WQS de Haleiwa pensando em garantir a vaga pelo WCT e essa bateria foi importante por ter passado direto para a terceira fase. Agora, já estou aumentando minha pontuação e acho que já passo um ou dois caras no ranking. Mas o lance é ficar pensando na frente e não pensar pequeno”, explica.
A bateria de estréia de Ribas teve outro gostinho especial. O seu adversário, o norte-americano Damien Hobgood, foi o seu algoz na final da etapa de Imbituba em 2005 e ele comemorou a vingança.
“Foi muita coincidência ter caído com o Damien. Comecei na frente e lembrei da final do ano passado. Aí resolvi mudar a tática, ficar vigiando ele de perto. O cara é um superstar e qualquer onda que ele pega os juizes podem soltar a nota”, provocou. Em 2005, os juízes deram a nota que Damien precisava para virar a decisão no último minuto de bateria.
