O italiano Mario Pescante, vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), anunciou nesta terça-feira sua renúncia ao cargo, apenas uma semana após o atual governo da Itália negar apoio à candidatura de Roma como sede dos Jogos Olímpicos de 2020 por motivos econômicos.
Pescante comunicou à imprensa italiana sua decisão, já conhecida pelo COI. A saída do dirigente será efetivada a partir da sessão que o organismo realizará em assembleia plenária às vésperas dos Jogos Olímpicos de Londres, em julho. O mandato dele como vice-presidente terminava em 2013.
O dirigente disse que a negativa da Itália a dar apoio à candidatura de Roma, anunciada “de última hora” pelo primeiro-ministro Mario Monti para não comprometer as contas das deterioradas finanças do país, criaram uma “situação embaraçosa” no Comitê Olímpico Internacional.
“A renúncia ao cargo não deve ser interpretada como um ato polêmico quanto à decisão do governo de não assinar a carta de garantias para a candidatura de Roma. A decisão tomada pelo presidente Monti foi, sim, aceita com o devido respeito”, indicou Pescante nesta terça-feira.
“A ideia do primeiro-ministro foi tomada pelo interesse do país. Ele não compartilhava nossa ideia de que os Jogos Olímpicos poderiam servir como investimento, como crescimento e confiança, aceitamos seu parecer. É ele quem conduz o país”, acrescentou.
Pescante presidia também o comitê organizador da candidatura de Roma 2020, cujo Conselho de Administração se reuniu nesta terça-feira na capital italiana.