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Várias quedas e muitas aventuras com a magrela

Arquivo Geral

26/08/2014 8h13

FOTOS: FÁBIO SETTIEm uma quadra poliesportiva  localizada na 111 Sul,   seis amigos chamavam a atenção por praticarem  um esporte  pouco conhecido do público, o Bike Polo. A começar pelo traje e acessórios, com direito a capacete, taco – mallet -, uma bolinha vermelha e, claro, bicicletas.  Basicamente, a modalidade é uma adaptação   econômica e acessível do esporte em que o cavalo é um dos protagonistas.

“É impressionante como consegui ter o domínio do meu corpo e da minha bicicleta depois de começar a praticar”, comenta o ciclista Lucas de Souza. 

Ele faz parte do pequeno grupo  de praticantes, o único da capital, que tenta divulgar o esporte há um ano e meio. 

Controlar a bola com o mallet, guiar a bicicleta com apenas uma mão evitando ao máximo colocar os pés no chão, cair e colidir com alguém. Esta é a tarefa dos amigos ao entrar em quadra. Missão que Lucas de Souza tentou  fazer com que a namorada Nayara Lima topasse.    “É muito complicado. Eu até tento brincar, mas quando eles estão jogando, saio de perto mesmo”,  brinca a  estudante.

Por toda a capital

No ano passado, o grupo – que se autodenomina Bike Polo Brasília – resolveu participar do Campeonato  Sul-Americano,  em São Paulo. Sem muita experiência e estrutura, eles ganharam apenas um jogo e perderam os outros dois  da fase classificatória. No País, as melhores equipes são de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.

“A gente foi mesmo só para passear e conhecer um pouco mais do esporte, já que não temos nenhum campeonato aqui no DF”, explica o ciclista Caetano Sampieri.

Na Europa, o esporte já ganhou milhares de adeptos. Os franceses e os alemães têm as melhores equipes. Na América, os norte-americanos e os canadenses se destacam.  

APENAS A MAGRELA

Para ter acesso aos atletas basta ter uma bicicleta e coragem para enfrentar os incontáveis hematomas. 

Os equipamentos para a prática eles mesmo providenciam, até que o novo praticante adquira para uso próprio. 

Os integrantes do Bike Polo Brasília têm o costume de deixar  mallets reservas em seus  carros, tudo para conquistar novos adeptos.  

Prática completa o dia

Criado para aprimorar o polo a cavalo, o Bike Polo era praticado pelos atletas nos intervalos dos jogos enquanto os quadrúpedes descansavam.

Classificado pelos próprios praticantes como um esporte de rua, eles acrescentam que a modalidade é um complemento do dia a dia.

“Saio do trabalho, pego a bicicleta e venho direto para cá. Se não existisse cidade, provavelmente o Bike Polo também não existiria”, pontua o ciclista Lucas de Souza. A bicicleta, inclusive, é parceira de Lucas e do restante do grupo, muitas vezes  como principal meio de transporte.

ACABA EM PIZZA

Os times são compostos por no máximo três pessoas que revezam entre o ataque e a defesa. 

Há mais de dois anos juntos, desde a criação do grupo, eles estipularam   prêmios para quem levar a melhor nos confrontos informais na quadra da 111 Sul.

“A  gente  vive pagando pizzas um para o outro. Mas costumamos promover alguns eventos, como churrascos e cervejadas”, conta   Caetano Sampieri, de 31 anos. (K.M.O)

BIKE POLO Mais difícil do que parece

1-Não pode:  colocar os pés no chão e cair. O equilíbrio deve ser feito através do mallet. Caso isso aconteça, o atleta está fora da jogada e só volta à competição depois de sair da quadra e bater o mallet em uma das extremidades.

2-Gol:  só é válido quando o atleta o faz através da “marretada”. Não pode usar a lateral do mallet para este fim, apenas para o controle da bola.

3-Contato e duração: os jogadores só podem colidir com o rival em três situações:  corpo no corpo, bicicleta na bicicleta ou mallet no mallet, desde que não haja má conduta ou exagero de ambas as partes. O jogo dura dez  minutos ou acaba quando alguma equipe marca cinco gols.

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