Um assunto dado como morto pelo Governo do Distrito Federal voltou à pauta no início da tarde de ontem: a realização das Olimpíadas Universitárias de Verão, a Universíade, na capital, em 2019.
Preterida pelo GDF tão logo as contas deficitárias foram levantadas – ainda em 2014 –, a competição universitária ainda pode desembarcar no Centro Olímpico da UnB. Para isso ocorrer, há de avançar o ensaio de amarração entre os setores público e privado, iniciado ontem, num almoço-debate, no mezanino do Hotel St. Paul Plaza.
Empenhado em manter a competição no Brasil, o ministro do Esporte, George Hilton, tentou encorajar o governador do DF, Rodrigo Rollemberg. “A participação dos secretários junto ao governador é importante para mostrar que as dificuldades atuais não se comparam ao grande ganho que teremos no futuro”, afirmou. “O gestor não tem que ver dificuldades, tem que ver oportunidades. O DF, ao meu ver, está preparado, sim. E o Ministério do Esporte e o Ministério da Educação darão total apoio.”
O ministro informou ainda que estão garantidos os investimentos de R$ 500 milhões do Ministério da Educação e uma quantia não revelada do Ministério do Esporte para custear parte das reformas necessárias no Centro Olímpico da UnB.
Para confirmar a cidade como sede deve ser paga uma taxa de 23 milhões de euros (cerca de R$ 90 milhões). Este é o valor a ser pago à Federação Internacional do Esporte Universitário (Fisu).
George Hilton viaja domingo à Lausanne, na Suíça, para se reunir com os representantes da Fisu. A intenção do ministro é embarcar já com um representante da cidade sede – Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais são outras opções. “O Rio já terá todo o aporte de estrutura”, adiantou o ministro, ao lembrar a Olimpíada de 2016.
Pressionado pelo ministro e pelo grupo de empresários Lide Brasília, presidido por Paulo Octavio, o secretário de Turismo, Jayme Recena, falou em nome do GDF. “Acho importante questioná-los sobre esse parcelamento da taxa. A Fisu não soube deixar claro. Se o ministro voltar com um fato novo, que dê segurança ao GDF de parcelamento desta taxa, poderemos rever essa posição.”
Ao lado de Leila Barros, secretária de Esporte do GDF, Jayme tentou transmitir confiança. “Queremos essa posição para interceder junto ao governador e, quem sabe, resgatar esse evento e num próximo almoço anunciar que está de volta a Brasília.”