Técnico do Flamengo, José Neto previu um jogo difícil no clássico contra o UniCeub/Brasília. E, de fato, pareceu que seria, se o time candango praticamente não entregasse o jogo nos dois últimos quartos. O Rubro-Negro aproveitou a distração do oponente e fechou a partida por 106 x 95 no Nilson Nelson.
O ala/pivô Cipolini tentou justificar o cochilo do elenco passando a responsabilidade ao rival. “É pesado segurar o placar quando temos um oponente com a qualidade do Flamengo. Conseguimos virar, mas depois não deu”, disse ao final do confronto, que ampliou a série sem vitórias sobre os cariocas para quatro jogos.
O ala/armador Benite, do time carioca, foi o cestinha da partida, com 28 pontos, seguido do ala/pivô Giovannoni, do UniCeub/Brasília, que marcou 26. Foi outro nome, porém, que se destacou no ginásio.
O ala Ronald, da equipe da capital, foi um dos jogadores que mais marcou faltas, mas compensou os erros nos tocos dados no adversário.
No meio do primeiro quarto ele deu dois tocos seguidos impedindo o Flamengo de abrir mais pontos de vantagem quando o placar marcava 23 x 8 – 15 pontos de diferença. Mesmo atrás, o UniCeub conseguiu recuperar e virou o jogo no segundo quarto marcando 41 x 40.
A torcida até se levantou para aplaudir o jogador de 23 anos, mas ele não comemorou muito ao final da partida.
“Tivemos falta de atenção e entramos relaxados. Estamos classificados, mas isso não é desculpa para não buscar a vitória. O Flamengo está de parabéns porque jogou como deveria”, comenta.
Faltam duas rodadas para o fim da primeira fase do NBB7. O próximo confronto do elenco de Brasília é em 1º de abril, contra a Liga Sorocabana, às 20h, fora de casa. Depois, visita o Paulistano, no dia 3.
Função bem definida
O UniCeub não pôde contar com o pivô Goodridge e o ala Isaac – ambos afastados por lesões. Além disto, o técnico José Carlos Vidal não tinha autorização nem sequer para entrar no ginásio depois da expulsão no jogo do elenco contra o Macaé, na última quinta-feira.
Quem assumiu a responsabilidade de liderar o time no clássico foi o assistente técnico Bruno Savignani, que soube administrar a situação com destreza.
“Conversei com o Vidal sobre como tudo seria. Tive a oportunidade de trabalhar muito tempo como assistente dele (o Vidal), por anos, e sei como as coisas funcionam. Mas, de fato, foi uma responsabilidade”, analisa.
Além de estar ao lado de Vidal, Bruno também foi assistente do ex-comandante argentino Sergio Hernández quando ele passou por Brasília na temporada 2013/2014 do NBB 6.
Sob o comando do multicampeão Hernández, o time da capital chegou às quartas de final, perdendo a a vaga na semifinal para o São José.
