Basta só mais uma vitória contra o San Martín para o UniCeub/Brasília voltar à capital com o tricampeonato da Liga Sul-Americana na bagagem. Em Corrientes, na Argentina, às 22h15, o UniCeub/Brasília tem a melhor chance de aproveitar a vantagem conquistada em casa para eliminar o jogo de amanhã e se garantir na Liga das Américas 2016.
A equipe vai com elenco completo para a decisão. O armador Fúlvio, que torceu o tornozelo esquerdo no primeiro duelo da final e saiu de quadra ainda no primeiro período, está confirmado no time titular.
“O tornozelo dele já desinchou, não foi nada grave. Jogadores como ele sabem da importância de uma final. Comigo, se ele estiver bem, entra de titular”, bancou o técnico do time, José Carlos Vidal.
O retorno de Fúlvio será essencial para o Brasília. O armador é o maior no número de assistências do campeonato, com 39, média de 5,6 por jogo.
Do lado dos argentinos, o perigo ainda fica com o ala Mateo Bolívar, que anotou 16 das 29 tentativas de cestas de três pontos no torneio. Junto ao pivô Jeremiah Wood, são os principais riscos para a defesa brasiliense. “Os dois juntos definem 50% dos pontos do San Martín, então tem que estar atentos com eles”, reconheceu Vidal.
Além do poder ofensivo, a equipe argentina terá todo apoio da torcida à favor. Para o ala/pivô Cipolini, decidir o título fora de casa não será problema para os brasilienses. “Sabemos lidar com ginásios lotados. Em Brasília nossa torcida deu um show, a gente está acostumado com pressão”, afirmou. Nas duas vezes em que venceu a Liga Sul-Americana, o UniCEUB/Brasília foi campeão fora de casa. Em 2010, venceu o Flamengo, no Rio de Janeiro. Três anos depois, no Uruguai, bateu o anfitrião Aguada.
Arma no banco
O jovem Derik, de 21 anos foi o destaque do último jogo contra o San Martín, quando foi cestinha, com 28 pontos. De quebra, anotou a cesta derradeira, que deu a vitória aos brasilienses a 1,6 segundo do fim da prorrogação. “Agora eles já sabem do potencial do Deryk. Temos que achar outras alternativas”, analisou Vidal.
Histórico a favor dos candangos
Historicamente, o fato de decidir torneios internacionais fora de casa não prejudica o “Time de Lobos”. Muito pelo contrário. Todos os títulos continentais do time foram conquistados longe da capital federal. Em 2008, ainda como Universo/BRB, a equipe venceu a Liga das Américas diante do Halcones Xalapa (MEX) em território adversário.
Dois anos depois, o UniCEUB/BRB bateu o Flamengo (RJ) em plena Arena da Barra da Tijuca e conseguiu o primeiro título da Liga Sul-Americana. Em 2013, no Uruguai, o esquadrão brasiliense obteve o bicampeonato sul-americano derrotando o anfitrião Aguada.
Saiba mais
Na primeira partida, disputada no Brasil, o UniCEUB/Brasília venceu por 94 x 92, no tempo extra, depois de um empate de 84 pontos no tempo normal (com uma cesta decidia no último minuto). O terceiro confronto, se necessário, será jogado amanhã, ás 22h15, também em território argentino.
De acordo com o regulamento, a equipe que primeiro totalizar duas vitórias garante o título da Liga Sul-americana de Clubes – 2015. Pelo NBB, o time de Brasília volta a atuar no dia 15, às 20h, contra o Macaé, na Asceb.
O ala Arthur participou de todos as vitórias internacionais do UniCEUB/Cartão BRB/Brasília. Ele diz que a experiência dos jogadores em torneios continentais pode pesar a favor do time brasileiro.
“Estamos a um passo do título e ao mesmo tempo temos a consciência de que será o mais difícil. Sabemos da nossa qualidade e temos totais condições de sermos campeões. A motivação é a maior possível para fazermos um grande jogo”, afirma.
De acordo com o técnico José Carlos Vidal, é crucial que o time comece bem a partida para conter o ímpeto do San Martin.
“Precisamos equilibrar o primeiro tempo de jogo e segurar a transição ofensiva deles logo no início. Eles vão jogar motivados pela torcida e temos que ser pacientes no ataque, mas sem perder a agressividade”, avalia.
Para Guilherme Giovannoni, o time brasiliense precisa jogar com atenção e bastante calma. “Jogo muito difícil, pois eles não podem perder e virão com tudo para cima de nós”, comenta o ala/pivô.