Marcus Eduardo Pereira
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O UniCeub/Brasília caminhava para uma vitória tranquila sobre o Macaé até o último quarto. O relaxamento do time e o ímpeto do adversário, porém, complicaram o duelo, vencido pelos brasilienses por 107 x 104.
A partida, que marcou o retorno da equipe às quadras após o título da Liga Sul-Americana, teve a cara da decisão em Brasília contra os argentinos do San Martín. O duelo foi decidido apenas na prorrogação, testando o coração dos torcedores presentes na Asceb no dia 3 de dezembro.
O pivô Ronald, que vive sua melhor temporada, anotou 24 pontos e buscou 11 rebotes contra o Macaé. O cestinha, no entanto, foi um atleta do time carioca: Caleb Brown deu trabalho com seus 30 pontos dos 55 tentados.
O também pivô Henrique Pilar teve atuação decisiva. Foram 12 pontos em 24 tentados e nove rebotes, assim como Guilherme Giovannoni. O camisa 12 contribuiu com 20 pontos e nove rebotes.
Baixa procura no clássico
O resultado apertado diante do Macaé, conquistado apenas na prorrogação, serviu para alertar a equipe candanga sobre a dificuldade que irá encontrar diante do arquirrival Flamengo, amanhã, no ginásio Nilson Nelson, a partir das 21.
O Rubro-Negro vem de vitória sobre o Minas por 81 x 74, e permanece na terceira colocação do NBB 8, com sete vitórias em dez partidas. Os brasilienses, por sua vez, somam quatro triunfos em sete jogos.
Para o principal clássico brasileiro do basquete, no ginásio Nilson Nelson, estão sendo vendidos apenas ingressos para o anel inferior do ginásio, com capacidade de aproximadamente 3.500 lugares.
A baixa procura fez com que a diretoria do UniCeub/Brasília optasse por não abrir a arquibancada para os torcedores.
A queda de público foi observada no último encontro no Nilson Nelson, em março deste ano, quando 5.128 pessoas acompanharam o revés dos donos da casa para os cariocas pelo placar de 106 x 95, em partida válida pelo NBB 7.
Este número é 35,24% menor do que o recorde do local, alcançado em 24 de março de 2012, quando 14.550 pessoas assitiram à vitória do UniCeub/Brasília sobre o Flamengo.
Número bem inferior ao recorde da equipe brasiliense quando ainda era chamada de Universo. Pelo Nacional de basquete, os dois únicos campeões do NBB levaram 24.286 ao local.
Saiba mais
Sem poder atuar na Asceb, a casa do Time de Lobos foi no ginásio Veracruz, no Setor Militar Urbano, com espaço maior e mais bem iluminado. Mesmo com tais qualidades, as chances de trocar de lar está descartada. A sequência de jogos fora de Brasília devem dar o tempo necessário para a reforma da Asceb, castigada pela chuva.