A festa estava pronta para receber o UniCeub. Balões, torcida uniformizada e novos banners dos jogadores enfeitaram a parede principal do Ginásio da Asceb. Mesmo com clima de comemoração, quem aproveitou toda a estrutura foi o Uberlândia (MG). Os visitantes derrotaram o UniCeub/Brasília na estreia do elenco candango em seu território, por 90 x 87 – esta é a quarta derrota consecutiva, em cinco partidas, do time no NBB.
“Eles precisam de alguém que chame a responsabilidade. Atitude que o Alex tinha em quadra. Mas creio que em breve os meninos vão conseguir se encontrar”, espera o veterano torcedor Magela de Castro, de 53 anos. Ele afirma nunca ter deixado de assistir um jogo sequer do UniCeub nas últimas cinco temporadas.
As justificativas para explicar mais um revés foram muitas, mas os jogadores e o técnico José Vidal preferiram culpar as lesões e a reformulação do grupo.
Ontem, o ala Arthur e o companheiro Giovannoni saíram de quadra sentindo dores. O armador Fúlvio não entrou, pois ainda recupera-se da ruptura parcial do músculo adutor da coxa esquerda. Com isso, o substituto novato Fred pode ser a peça chave para o próximo duelo com o São José, amanhã às 19h30, também no ginásio da Asceb.
“Ainda precisamos corrigir muitas falhas e infelizmente é assim. As lesões acontecem e se sobrarem cinco, eles terão de dar o sangue pelo time. Cada partida será uma final”, projeta Arthur.
José Vidal ainda está a procura de um pivô que atue na posição cinco. De acordo com ele, nem o Ronald e nem o Cipolini completam a lista de qualidades que um atleta desta posição deve ter. “Tem que ser alguém que consiga jogar de costas e não tenho ninguém capaz de fazer isso, mas estamos procurando. Nosso time é bom, mas o banco tem atletas jovens que não aguentam o peso de levar um jogo como este nas costas”, explica.
O ala Audrei, do time mineiro, foi o destaque. Com 100% de aproveitamento nas bolas de três pontos, ele chegou a maior marca da sua carreira no NBB, com 27 pontos.
Mineiros mandaram no jogo
Era nítido que os jogadores candangos estavam desentrosados. Sem Fúlvio em quadra, o armador reserva Bruno, de 21 anos, assumia a criação das jogadas. Quando ele não dava mais conta, o ala norte-americano Darington Hobson ocupou a vaga.
Embora os gritos da torcida organizada ecoassem no ginásio, 80% da arquibancada permanecia calada e só se levantava para aplaudir quando o ala/pivô Cipolini resolvia enterrar algum ponto.
Sem Arthur, o ala Rossi ficou em quadra durante 18 minutos e marcou uma sexta de três pontos, em duas tentativas. “Ele (Rossi) entrou, fez o papel dele a ajudou o time do jeito que podia”, destacou o técnico José Vidal.
Ficou atrás
O time mineiro permaneceu a frente no placar durante praticamente todo o jogo e permitiu que o rival candango o ultrapassasse apenas uma vez, no primeiro quarto, e com apenas um ponto de diferença – 27 x 26.
Enquanto o tempo passava, o UniCeub tentava encostar e por pouco não conseguiu a vitória. Em contrapartida, o elenco de Minas chegou a abrir mais de 10 pontos de vantagem e permitiu que o time de Brasília ficasse a dois pontos da conquista.
