Ian Ferraz
ian.ferraz@jornaldebrasilia.com.br
O Flamengo manteve a freguesia e não sabe o que é perder para o UniCeub/Brasília desde a temporada 2012/2013. Com o triunfo no ginásio Nilson Nelson por 94 x 85, os cariocas chegaram a 14 vitórias contra 11 dos candangos.
A derrota deixa a equipe de José Carlos Vidal com aproveitamento de 50%, com quatro vitórias e quatro derrotas. O Urubu, por sua vez, alcança o oitavo triunfo em 11 combates pelo Novo Basquete Brasil, fincando a terceira posição na classificação.
Na próxima rodada, o Time de Lobos busca a reabilitação contra o Rio Claro, fora de casa, no dia 22, a partir das 20h. O confronto é o último antes da pausa para as festas de fim de ano. O Flamengo, por sua vez, recebe o São José no dia 20, em solo carioca. A volta do recesso para a equipe do DF será em 8 de janeiro, contra o Minas, no ginásio da Asceb (904 Sul). O duelo será às 20h.
O jogo
O principal clássico do basquete brasileiro começou em ritmo acelerado. Fúlvio, pelos donos da casa, e Rafa Luz, pelos visitantes, conduziam as jogadas e encontravam parceiros livres para marcar pontos certeiros, facilitados pelas falhas de marcação. Ainda assim, o time de José Carlos Vidal foi superior e terminou o primeiro quarto em vantagem – 29 x 20.
No período seguinte, o time de José Neto se acertou e igualou o marcador, aproveitando os dois minutos que o Time de Lobos ficou sem alterar o placar. O Rubro-Negro melhorou com a vibração de Olivinha e a eficiência de Rafael Mineiro e Marcelinho Machado. Para o intervalo, o atual campeão do NBB levou uma pequena vantagem de quatro pontos: 48 x 44.
O segundo tempo foi novamente controlado pelos visitantes, que ampliaram de cinco para oito pontos a vantagem no último lance do terceiro quarto.
A equipe brasiliense não esboçou reação no último período. A desvantagem no placar deixou os jogadores abatidos e os visitantes confortáveis com o placar.
Público frustra vendas
O desinteresse pelo jogo afetou diretamente os comerciantes. As barracas e tendas montadas ao redor do ginásio Nilson Nelson ficaram vazias.
“A torcida do Flamengo não veio”, lamentou o vendedor Bernardo Amorim, que fez sinal de negativo quando perguntado sobre as vendas. Até as 22h, apenas R$ 14 contabilizados. “Ninguém vendeu foi nada”, prosseguiu. Companheira de venda de Bernardo, Marina Oscarina reclamou: “não sabia que não ia abrir a arquibancada”, disse.
Com a chapa desligada, a comerciante Graziela Silva relatou o desânimo. “Sempre venho, mas esse é o jogo mais fraco. Não vendi nada”, comentou.
Em dias bons, Graziela chegou a tirar entre R$ 600 e R$ 700. “Estou pagando para trabalhar.”