Dos lutadores que representam o Distrito Federal no prestigiado UFC, apenas um irá subir no octógono no próximo evento sediado em terras tupiniquins, o TUF Brasil 3 Finale, dia 31 de maio.Trata-se de Paulo Thiago.
O lutador do peso meio-médio recebeu a reportagem do JBr. para uma entrevista exclusiva, onde falou da expectativa de, um dia, poder lutar em Brasília pelo UFC, da saudade dos amigos da capital federal e até mesmo da luta do ex-companheiro Rani Yahya.
Sobre os amigos da Constrictor Team, academia brasiliense conhecida por ter lutadores de destaque nas categorias de peso mais leves dos MMA, o “Caveira”, como é conhecido, reforçou a ideia de que os treinos são sempre proveitosos. “Eu ainda moro e trabalho em Brasília e faço alguns camps (treinos) no Rio. Como sempre, fui muito bem recebido na Constrictor tanto pelo pessoal, como pelo mestre Athayde. Os treinos são sempre muito fortes. A galera é mais leve, mas é muito dura na queda. O bicho pega nos treinos”, brinca.
Opinião
Mesmo a distância, Paulo Thiago assistiu à última luta de Rani Yahya no UFC. Em Abu Dhabi, o brasiliense dos pesos-galo enfrentou o norte-americano Johnny Bedford e a luta acabou em No Contest, após Bedford acertar uma cabeçada acidental em Yahya. Após a divulgação do resultado, o norte-americano se exaltou e por pouco os lutadores não discutiram. “Foi uma luta que acabou muito rápido. Infelizmente é uma coisa que acontece. Um novo confronto já está marcado. No momento ali o Bedford se exaltou um pouco, achou que tinha ganhado, mas logo depois ele reconheceu o erro dele e se manifestou nas redes sociais. Ele viu que tinha cometido um erro e acabou pedindo desculpas. Acho que foi uma boa atitude da parte dele”, sentencia.
No próximo mês, o Caveira encara o russo Gasan Umalatov que, assim como o brasiliense, vem de uma derrota, tornando a luta, de suma importância para a permanência no maior torneio do mundo de MMA. “É sempre bom lutar em casa. Então, espero chegar lá, fazer um grande combate e conseguir essa vitória”, comentou Thiago.
O sonho de lutar na capital
Lutar pelo UFC no Brasil é algo que se tornou corriqueiro para Paulo Thiago. A trajetória no Brasil começou no histórico UFC 134, no Rio de Janeiro, quando as 15 mil pessoas presentes no ginásio entoaram os versos da música Tropa de Elite, feita para o filme homônimo, da banda Tihuana, escolhida por ele para ser tocada no trajeto do vestiário ao octógono.
A partir de então, Paulo lutou mais duas vezes em terras brasileiras, incluindo em Goiânia, a apenas 200 km de distância de Brasília.
Lutar não só em seu país, mas em sua cidade-natal, é uma possibilidade que anima Paulo Thiago. “No dia que tiver um evento do UFC em Brasília, quero ser o primeiro a fazer parte do card. Infelizmente, é algo que ainda não aconteceu. Da última vez que foram agendar a data, o Nilson Nelson ia passar por uma reforma. Mas acho que, em breve, vamos ter uma edição do UFC aqui em Brasília”, destaca.
