Vicente Melo
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A música tem o dom de expressar sentimentos e trazer à tona a personalidade de uma pessoa. Tem também o poder de contagiar quem a ouve e serve até como uma forma de inspiração. E é ao som de Tropa de Elite, música-tema do filme homônimo, que o candango vai entrar no octógono do UFC Suécia, hoje, a partir das 16h (de Brasília), para enfrentar o lutador afegão Siyar Bahadurzada.
Oficial do Bope da capital federal, Paulo leva até o apelido da corporação: Caveira. E uma das grandes emoções da sua carreira como lutador foi no UFC 134, no Rio de Janeiro. Assim que a música começou a ser tocada, o público carioca foi ao delírio. Já no fim do combate contra o norte-americano David Mitchell, os torcedores cantaram a música para dar mais gás para o brasiliense. A experiência jamais foi esquecida e é baseada nela que Paulo Thiago pretende tirar forças para vencer mais um combate no UFC.
“Eu sempre assisto àquela imagem. Ficou muito marcada, o ginásio quase foi abaixo. Eu gosto de ver antes da luta, sempre traz uma motivação a mais. É uma responsabilidade também, para não decepcionar o pessoal, mas isso é bom”, revelou o Caveira ao GloboEsporte.com, já na Suécia.
Mas não é só com a emoção e a motivação que Paulo Thiago pretende vencer. Afinal, a preparação é fundamental para ter sucesso. E é exatamente nos fortes treinos feitos em Brasília que o oficial do Bope aposta para derrotar Bahadurzada – especialista em muay thai.
“Eu fiz a melhor preparação da minha carreira, toda ela em Brasília. Em termos de material humano, de sparrings fui muito bem servido. Treinei com o Rani (Yahya, lutador do UFC), tive ajuda do Vicente Luque (especialista em muay thai), o Carlo Prater (também lutador do UFC) me ajudou na parte de wrestling… Então, acho que estou muito bem preparado e confiante para essa luta”, declarou Paulo Thiago, ao Jornal de Brasília.
O segredo, de acordo com o próprio lutador, é fazer com que o combate se encaminhe para a luta no chão, onde ele se sente mais confortável e Siyar Bahadurzada é menos versado.
“Quero levar para o chão porque acredito que meu jiu-jítsu é superior ao dele. Mas, se for para a trocação, estou preparado também”, garantiu o Caveira, que precisa vencer mais esta luta para se aproximar do sonho de disputar o cinturão dos pesos-meio-médios.