A delegação paralímpica ucraniana promoveu um protesto simbólico na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, nesta sexta-feira. Apenas um atleta desfilou com a bandeira do país, que chegou a cogitar a possibilidade de não participar da competição, por conta da atual crise política do país com a Rússia.
Além da Ucrânia, 44 países desfilaram pelo Estádio Fisht, com 585 atletas. Apesar de manterem seus atletas nos Jogos, os ucranianos se manifestaram. O esquiador nórdico Mykailo Tkachenko foi o responsável por carregar a bandeira do país, sendo muito aplaudido em seu desfile.
A chefe do comitê paralímpico ucraniano, Valeriy Sushkevich, alertou que o país vai boicotar os Jogos se a Rússia decidir invadir o leste da Ucrânia.
“Se houver qualquer intensificação do conflito, intervenção no território do nosso país, nós não poderemos ficar aqui. Teremos de sair”, declarou.
Para o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), Sir Philip Craven, os russos tem a chance de produzir um legado de acessibilidade em suas cidades, a partir do balneário de Sochi.
“O planejamento e comprometimento do governo russo é de expandir este legado em, pelo menos, 80 regiões do país e este é um de nossos sonhos: seremos capazes de transformar o maior país do mundo”, analisou.
Estreante, Brasil empolga torcida – O Brasil faz apenas sua estreia nas Paralimpíadas de Inverno. Ainda assim, a delegação verde-amarela foi muito bem recebida pela torcida russa.
André Cintra, do snowboard foi o escolhido para carregar a bandeira do País. Ao lado dele, Fernando Aranha, do esqui cross country completou a pequena delegação brasileira.