A turca Asli Cakir Alptekin concordou em devolver sua medalha de ouro dos 1.500m dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 e cumprir oito anos de suspensão por doping sanguíneo. O anúncio foi feito pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) nesta segunda-feira, dias antes do início do Campeonato Mundial de atletismo, em Pequim.
A entidade jurídica aprovou o acordo entre a atleta turca e a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), que fez Asli Cakir Alptekin perder todos seus resultados a partir de 29 julho de 2010, entre eles os ouros nos Jogos Olímpicos de Londres e no Campeonato Europeu, ambos em 2012.
A atleta turca estava suspensa provisoriamente pela Iaaf desde janeiro de 2013. No fim do mesmo ano, a Federação Turca de Atletismo inocentou sua representante, o que fez a entidade internacional da modalidade recorrer ao TAS. A suspensão de oito anos é a máxima permitida pelo regulamento do atletismo mundial para uma segunda suspensão de doping – Alptekin já tinha sido flagrada no Mundial júnior de 2004.
Segundo o Tas, a atleta turca “não foi capaz de sustentar as explicações que deu para o caso e portanto não consegue rebater a acusação da Iaaf de que os resultados são decorrentes de uma manipulação de sangue”. A corredora tentou alegar que os valores anormais em seus exames de sangue eram originários de treinos na altitude.
Com a punição, o ouro dos 1.500m em Londres 2012 foi para outra atleta turca, Gamze Bulut, que completou a prova na segunda colocação. Maryam Yusuf Jamal, do Bahrein, herdou a prata e a russa Tatyana Tomashova, vice-campeã em Atenas 2004, é agora medalhista de bronze do evento.
A corredora da Rússia, duas vezes campeã mundial da prova, também já foi suspensa por doping. Entre 2008 e 2010, ela e outros seis atletas de seu país ficaram dois anos afastados das competições por fraudarem exames, e perderam os Jogos Olímpicos de Pequim 2008.