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Top 10 mundial do parkour ensina o esporte de graça

Arquivo Geral

24/06/2015 7h18

Natasha Dal Molin

ESpecial para o Jornal de Brasília

Os obstáculos do caminho e as tarefas do cotidiano não são encarados da mesma forma pelo brasiliense Pedro Thomas, 23 anos. Árvores, muros, corrimões, paredes, escadas, tudo é transponível para o jovem que pratica o Parkour há nove anos. 

As habilidades são tantas, que o  morador do Lago Sul teve seu perfil apresentado em um programa do canal History Channel, no programa Super-humanos.

A badalação, porém,  é colocada de lado por Pedro. O fato é que ele  já participou de campeonatos mundiais em Londres e São Paulo, viajou por vários países aprendendo a modalidade e, inclusive, conheceu pessoalmente os lendários yamakasi, do sul de Paris. “Eles eram amigos procurando aventuras”, diz, sobre os precursores da modalidade. “Treinavam para serem fortes e defenderem suas famílias”.

A arquitetura e o paisagismo de Brasília são o cenário ideal para a prática da modalidade. A residencial da 308 Sul é um dos locais preferidos de treino para o jovem, que conheceu o esporte por vídeos na internet. 

“A modalidade ainda não tinha esse nome. Era conhecida como saltos extremos ou ninjas urbanos”, destaca.

Muitos anos e vídeos depois, e com várias mudanças ao longo do percurso no estilo de treino, hoje, além de pular entra as árvores, fazer piruetas e saltar muros, Pedro Thomas consegue ver e exercitar o Parkour em todas as atividades do dia-a-dia. Até mesmo dentro de casa. 

“Vejo  como uma disciplina básica de vida, encontro-o em tudo o que faço. É como o Kung Fu. Seja saltando ou lavando louça, pratico Parkour, busco um aprimoramento de todos os movimentos e me aperfeiçoou a cada dia. É uma jornada individual de cada um”, analisa o praticante.  

Mas até chegar ao nível atual de movimentos e autoconhecimento, o caminho foi longo.  “Tive que aprender tudo sozinho”, recorda.

 Para ele, a prática   permite um aprendizado constante. “Seja transpondo obstáculos físicos ou emocionais, o Parkour me ensinou que precisamos aprender em cada situação”, finaliza. 

A internet é um dos principais meios de divulgação do esporte: foi por meio dos vídeos de treinos que ele ganhou a visibilidade que tem. 

Saiba mais
O Parkour surgiu na França, criado por David Belle. Originalmente ele
 era chamado de  “Le parkour du combattant”.
A modalidade recebe influência de inúmeros outros esportes, como a ginástica, as artes marciais, a escalada e até o  yôga. 
Atualmente as competições de Parkour levam em consideração basicamente quatro critérios de avaliação: dificuldade, técnica, fluência e criatividade. 
Em Brasília, há um núcleo forte de atletas da modalidade no Riacho Fundo, onde os adeptos montaram uma estrutura com pneus e outros obstáculos ao ar livre.
 
Para superar os medos
O Parkour pode ser praticado por pessoas de diferentes faixas etárias e habilidades físicas e motoras. Quem garante é o próprio super-atleta Pedro Thomas, que perdeu 20 Kg com a prática. 
“É viável de maneira segura para todos as pessoas. Ele te ensina a ouvir o seu próprio corpo. Interagindo com os obstáculos você percebe como o seu corpo interage com o meio”, avalia. 
Foi pensando nisso que Pedro Thomas criou o projeto “Habitando o Presente”, realizado aos sábados, às 10h, na praça central da quadra residencial da 308 Sul.
“Essa quadra foi desenhada para que a gente possa interagir com a arquitetura. E aqui é um lugar onde  consigo integrar essa prática com a proposta do lugar”, diz. 
Os exercícios começam no chão, com alongamentos e respiratórios. Depois seguem para as árvores e pequenos obstáculos. As aulas são gratuitas e os resultados, gratificantes.

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