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Todt vê F-1 segura e não fala em mudanças profundas em Interlagos

Arquivo Geral

17/08/2011 10h54

O francês Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) desde 2009 e ex-chefe da Ferrari, se diz satisfeito com o nível de segurança da Fórmula 1. Questionado se está preocupado com a situação de Interlagos, sede do Grande Prêmio do Brasil, e sobre possíveis mudanças após os recentes acidentes, o dirigente deu a entender que não considera necessárias alterações profundas no traçado.

“Quando estamos na pista, temos que ser precisos e conscientes. Soubemos dos acidentes em Interlagos em outras categorias. Investigações detalhadas foram realizadas para saber o que pode ser melhorado não só em relação ao circuito, mas também aos carros. Pode ter certeza que todas as medidas vão ser tomadas para evitar a repetição desse tipo de acidente”, afirmou o dirigente.

Todt está em São Paulo para promover uma campanha de segurança no trânsito instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 150 países. Na tarde desta terça-feira, ao lado de Dino Altmann, diretor médico do Grande Prêmio do Brasil e membro da Comissão Médica da FIA, ele visitou o Hospital São Luiz, unidade oficial da única etapa sul-americana da Fórmula 1.

Em 2011, além de Paulo Kunze, da Stock Paulista, Gustavo Sondermann, da Copa Montana, morreu após um acidente em Interlagos, o segundo na Curva do Café. Em 2007, Rafael Sperafico, da Stock Light, sofreu acidente fatal no mesmo ponto. No Grande Prêmio do Brasil-2003 de Fórmula 1, o local foi palco de um grave acidente envolvendo o espanhol Fernando Alonso e o australiano Mark Webber.

Após a série de imprevistos, os administradores do Autódromo de Interlagos resolveram construir uma chicane na Curva do Café. A primeira versão da obra, feita no sentido inverso e com uma zebra inadequada, foi corrigida e usada na Corrida do Milhão, da Stock Car. Na Fórmula 1, no entanto, o expediente não será aproveitado.

Ao falar sobre a segurança na principal categoria do automobilismo, Jean Todt citou o brasileiro Ayrton Senna, tricampeão mundial e então piloto da equipe Williams, vítima de um acidente fatal durante o Grande Prêmio de San Marino-1994, na Curva Tamburello.

“Temos observado enormes melhoras. Depois do Senna, não houve mais acidentes fatais na Fórmula 1. São 17 anos sem mortes. Correr é uma atividade perigosa, mas podemos melhorar essa situação com as atitudes que estamos tomando”, encerrou o presidente da FIA.

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