Eles são conhecidos por terem muita força e explosão física. Aos atletas do time de futebol americano Leões de Judá, porém, falta muito para chegar ao desempenho ideal. Neste ano, eles estrearam na liga nacional da modalidade, mas não conseguiram avançar aos playoffs. Além disso, também participaram do Campeonato Candango e ficaram em último lugar. Mesmo com os resultados ruins, eles sonham mais alto em 2015 e decidiram inovar.
A escolha é dura. Eles são obrigados a levantar pneus de trator – que pesam mais de 200 kg –, subir em cordas, marretar, correr, agachar… Os exercícios pesados compõem o circuito montado em um box de crossfit na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e fazem parte da rotina deles há dois meses.
“Essa prática é bem comum nos Estados Unidos, pois já incluem os treinos nos centros de treinamento dos times. Daí trouxemos isso para cá, lançamos a ideia da parceria com a Gladius e eles nos acolheram. Nenhum dos outros times do Distrito Federal faz isto”, afirma o full back Diego Mamuty.
TRABALHO PELA ADESÃO
Nestes 60 dias, eles perderam alguns quilos e acumularam muita história para contar. “Quando cheguei aqui e fiz o meu primeiro treino… Meu Deus! Tive vontade de morrer. Confesso que foi tão pesado que vomitei”, lembra Diego.
“Cheguei aqui e pensei: ‘a gente vai morrer’. Falo sério”, acrescenta em tom de brincadeira o colega Alex Doriel. Hoje, esse tipo de pensamento ficou para trás e os treinos agradam cada vez mais.
Dos 108 componentes do time, até o momento, apenas 20 toparam o desafio de acrescentar o crossfit aos treinamentos para a prática do futebol americano. O presidente Adalberto Dadau afirma que a mudança já é notória, mesmo com pouco tempo de trabalho.
“Os nossos treinos aqui são bem similares aos movimentos que fazemos no próprio jogo. Quando a gente malha em academia, adquirimos massa muscular e não agilidade. Aqui conseguimos as duas coisas”, explica.
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