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Time de futebol americano do DF adota prática para melhorar parte física e mental

Arquivo Geral

17/11/2014 8h46

Eles são  conhecidos  por terem muita força e explosão física.  Aos atletas do time de futebol americano Leões de Judá, porém,   falta muito para chegar ao desempenho ideal. Neste ano, eles estrearam na liga nacional da modalidade, mas não conseguiram avançar aos playoffs. Além disso, também participaram do Campeonato Candango e ficaram em último lugar. Mesmo com os resultados ruins, eles sonham mais alto em 2015  e decidiram inovar. 

A escolha é dura. Eles são obrigados a levantar pneus de trator – que pesam mais de 200 kg –, subir em cordas, marretar, correr, agachar… Os exercícios pesados compõem o circuito montado em um box de crossfit na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e fazem parte da rotina deles há dois meses.

“Essa prática é bem comum nos Estados Unidos, pois já incluem os treinos nos centros de treinamento dos times. Daí trouxemos isso para cá, lançamos a ideia da parceria com a Gladius e eles nos acolheram. Nenhum dos outros times do Distrito Federal faz isto”, afirma o full back Diego Mamuty.

TRABALHO PELA ADESÃO

Nestes 60 dias, eles perderam alguns quilos e acumularam muita história para contar. “Quando cheguei aqui e fiz o meu primeiro treino… Meu Deus! Tive vontade de morrer. Confesso que foi tão pesado que vomitei”, lembra Diego.

 “Cheguei aqui e pensei: ‘a gente vai morrer’. Falo sério”, acrescenta em tom de brincadeira o colega Alex Doriel. Hoje, esse tipo de pensamento ficou para trás e os treinos agradam cada vez mais.

Dos 108 componentes do time, até o momento,  apenas 20 toparam o desafio de acrescentar o crossfit aos treinamentos para a prática do futebol americano. O presidente Adalberto Dadau afirma que a mudança já é notória, mesmo com pouco tempo de  trabalho. 

“Os nossos treinos aqui são bem similares aos movimentos que fazemos no próprio jogo. Quando a gente malha em academia, adquirimos massa muscular e não agilidade. Aqui conseguimos as duas coisas”, explica.

Saiba mais
 
Em 22 de novembro, a comissão técnica do Leões de Judá organiza  uma seletiva para conquistar mais atletas e integrá-los  ao elenco para a categoria masculina – também conhecida por full pad.
Desta vez, a seleção é no campo sintético do Taguaparque,  a partir das 13h. 
Os interessados devem ir com roupas adequadas para a prática esportiva e levar um agasalho como taxa de inscrição. Mais informações na  fan page no Facebook: /leoesFA.
 
Atrás de recursos e sonhos
 
O desafio maior  dos Leões de Judá é conquistar a outra parte dos integrantes derrubando o principal obstáculo: a falta de dinheiro. Como treinam no Taguaparque, a maioria dos atletas vem de comunidades carentes e não conseguem desembolsar os R$ 60 reais mensais cobrados pelo box – os treinos acontecem uma vez por semana num horário exclusivo a eles.
 
Essa quantia, na verdade, é bem inferior à mensalidade de R$ 240 exigida aos que não são integrantes do elenco. Para garantir a participação dos demais, Dadau busca ajuda exterior. “Estamos atrás de patrocínios. Eles precisam estar aqui com a gente e precisam ser motivados  também”, frisa.
ALVOS
Sem os canecos do Campeonato Candango de futebol americano e da Liga Nacional, Dadau ousa afirmar que no ano que vem tudo será diferente. “Não conquistamos nada porque éramos  novatos e o nosso time tem pouco mais de um ano de formação. Mas, em 2015, a casa vai cair”, brinca.
 
Com os exercícios de crossfit ativos, o time acredita que na próxima temporada é bem possível levantar o troféu de campeão do Distrito Federal pela primeira vez. E, além disso, planeja fazer o mesmo no torneio nacional  daqui a dois anos.

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