Na noite desta terça-feira, Thiago Pereira pode fazer jus ao apelido de “Mister Pan” e tornar-se, ao lado do também nadador Gustavo Borges, o maior medalhista brasileiro na história da competição. Para isso, Thiago terá uma missão um tanto incomum quando o Brasil cair na piscina, às 21h30 (de Brasília), para a final do revezamento 4x100m masculino: torcer para os companheiros conquistarem um lugar no pódio.
O Mister Pan não participará da prova, porém, como participou da qualificação para a final, pela manhã, também receberá a medalha caso ela venha. Matheus Santana, João de Lucca, Bruno Fratus e Marcelo Chieghirini serão os responsáveis por tentarem trazer mais um pódio para o Brasil em Toronto e dar a Thiago Pereira a histórica marca.
Em entrevista ao Ministro dos Esportes George Hilton publicada no site oficial do COB, Thiago, que foi porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura do Pan, não escondeu a euforia em poder ultrapassar o amigo Gustavo Borges.
“Estou vivendo de forma intensa e o mais legal é que é algo que não aconteceu da noite pro dia. Vem de tempos atrás. Desde meu primeiro Pan em 2003. Foi tudo construído ano a ano. A cada Pan e a cada Olimpíada”, disse Pereira, que revelou não ter poupado Borges das brincadeiras.
“Já brinquei com ele: ‘Gustavão, falta uma só’. Sou bem amigo dele, tive a oportunidade de participar do final da carreira dele em Santo Domingo 2003 e Atenas 2004. Foi um grande incentivador do nosso esporte nos anos 90, eu assisti muito as conquistas dele, e até por ele que estamos aqui hoje”, comentou.
Thiago Pereira ainda disputará mais cinco provas individuais e dois revezamentos em Toronto. Se conquistar quatro medalhas, torna-se o maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos, ultrapassando o ex-ginasta cubano Erick Lopes Rios, que tem 22 conquistas.