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Tenistas lançam moda e inovam cada vez mais nas roupas e acessórios

Arquivo Geral

26/01/2015 8h29

Atletas vestidos de branco dos pés à cabeça. A tendência dos anos de 1960, 1970 e 1980 já ficou mesmo no século passado. Agora, o que se vê nas quadras do circuito da ATP são jogadores vestidos com as mais chamativas cores.

Tudo começou com Andre Agassi. O norte-americano, ex-número 1 do mundo, destoava dos adversários com suas bermudas jeans, cabelos longos e camisas coloridas, em um universo dominado por vestimentas brancas. 

Aliado ao uniforme “diferente”, Agassi implementava o traje com um tênis de cano alto, que mais se assemelhava a um tênis para basquete. O sucesso do calçado foi tanto que a fornecedora de materiais esportivos do tenista mantém uma versão retrô do item à venda até hoje, quase com o mesmo sucesso.

“Darth” Federer

Em 2007, a fornecedora de materiais esportivos do suíço Roger Federer, então número 1 do mundo, optou por fazer um uniforme completamente preto para os jogos das rodadas noturnas do US Open. 

Aliado à vestimenta, que fez sucesso entre os fãs, o suíço ainda entrava em quadra ao som da Marcha Imperial, trilha sonora do filme Star Wars. A roupa deu sorte a Federer, que terminou com o título naquele ano, batendo o sérvio Novak Djokovic por 3 x 0, conquistando o quarto troféu no Grand Slam disputado em Nova York.

Austrália colorida

No Australian Open, iniciado no último domingo, o que se viu foi um mar de cores. E não estamos falando do belo azul das quadras rápidas de Melbourne.

Quase todos os jogadores, entre as chaves masculinas e femininas, exibiram cores chamativas no quente verão australiano. Roger Federer, por exemplo, jogou com uma camiseta cor de marca-texto. Esta opção não deu sorte: foi usando este uniforme que o suíço foi eliminado pelo italiano Andrea Seppi.

Rafael Nadal usou um uniforme rosa. O australiano Thanasi Kokkinakis foi quem conseguiu bater o recorde. Com uma camisa que leva uma estampa imitando um leopardo, as cores escolhidas foram simplesmente chocantes visualmente: rosa e verde limão. 

Curiosidade

Em Wimbledon? Só de branco

1 Poucos detalhes:  o fato de disputar partidas no All England Lawn Tennis Club pode ser considerado uma honra para poucos. No Grand Slam inglês, até hoje, só se pode usar uniformes brancos ou predominantemente brancos. Cores escuras ou textos em negrito, além de cores flourescentes são terminantemente proibidas nos uniformes. As costas dos trajes também devem ser totalmente brancas, assim como bermudas (para homens) e saia (para mulheres). 

2 Cores de marcas? Nem pensar:  detalhes nos uniformes são aceitáveis. O que não se pode é usar cores que façam claras referências à marcas e patrocinadores. Isso, inclusive, já rendeu controvérsia com a tenista Martina Navratilova, quando ela entrou em quadra com um uniforme que fazia referência a uma marca de cigarros.

Nada de “gracinha” nos jogos olímpicos

Engana-se quem pensa que só durante o circuito regular as rígidas normas de vestimentas são válidas em Wimbledon. Durante os Jogos Olímpicos de 2012, os atletas que tiveram a honra de disputar o torneio na grama sagrada da Inglaterra também se sujeitaram às normas. Curiosamente, o torneio olímpico teve início pouco depois da disputa de Wimbledon, o que fez com que o desfile de uniformes brancos ocorresse duas vezes em dois meses.

 O fato de ter normas claras sobre cores e detalhes faz com que as empresas que fornecem os uniformes se desdobrem para desenhar modelos que não infrinjam as regras. O resultado é um grande número de belas opções que em muito lembram uniformes antigos e que fazem bastante sucesso entre os fãs.

 Entre os itens lançados para o torneio estão até mesmo casacos de lã, muito comuns nas décadas de 1930, quando o tênis sequer era um esporte profissional.

 Federer x Nadal

Na maior parte das vezes que pisa em Wimbledon, o suíço Roger Federer usa a combinação branco como cor base dos uniformes e detalhes dourados.

 Rafael Nadal, que, curiosamente, é patrocinado pela mesma marca que o suíço, optou, nos primeiros anos em que disputou o certame (incluindo no ano do título de 2008), por branco e preto. Ele, como não podia deixar de ser, usou suas camisas regatas e bermudas longas em Londres. Só anos depois passou a usar camisas com golas polo e bermudas mais curtas.

Inovar custa caro

Quanto custa se vestir como um tenista profissional? Essa é, talvez, uma pergunta complicada de se responder.

Apesar de já contar com diversos itens disponíveis à venda no mercado brasileiro, as principais empresas do segmento ainda trazem os itens ao país com algum atraso. 

Mesmo assim, ainda é possível usar o mesmo tênis que Rafael Nadal usa nos principais torneios do planeta. O valor? Nada menos que R$ 599. Uma camiseta do espanhol não sai por menos de R$ 180. 

O tênis desenhado especificamente para Roger Federer é um pouco mais barato, sendo comercializado a R$ 450. Uma camisa do suíço, tenista a passar mais tempo como líder do ranking mundial, é vendida por R$ 200. 

Apenas o boné de qualquer um dos tenistas é vendido ainda na casa dos dois dígitos: o acessório é comercializado por R$ 70.

Novo patrocinador

O inglês Andy Murray estreia em 2015 uma nova parceria com uma empresa norte-americana de fornecimento de materiais. E a marca não poupou na vestimenta de Murray no Australian Open: o campeão olímpico de 2012 entrou em quadra com uma camiseta verde na parte frontal e um tom de cinza nas costas. Deu certo: Murray segue na disputa pelo título.

Camisa rosa

Rafael Nadal é conhecido por “lançar moda” no circuito. O espanhol usou, no início da carreira, camisas regatas, a exemplo do compatriota Carlos Moyá, além de bermudas bem mais longa do que o da maior parte dos atletas. Agora, na Austrália, o Touro Miúra usa uma camisa rosa, combinando com uma bermuda branca e rosa.

Deu azar

Roger Federer poucas vezes usou combinações esdrúxulas de cores. Com perfil mais discreto, o suíço costuma usar cores menos chamativas, mas destoou no Australian Open: usou um uniforme que contou com uma camisa verde-limão. Mas o modelo pouco foi visto em Melbourne: Federer já foi eliminado do torneio da Austrália.

O percursor das cores

 

Andre Agassi sempre foi um jogador polêmico. Ainda como juvenil, jogava com os cabelos tingidos de loiro. Entre as “peripécias” do norte-americano, surgem ainda uniformes que incluiam até mesmo um short jeans. Em uma curiosa passagem de sua autobiografia, Agassi conta que apostou com os companheiros da academia de Nick Bolletieri que jogaria com um moicano cor de rosa caso alcançasse a final de um torneio. Dito e feito. O corte, porém, rendeu um puxão de orelha do rígido treinador.

O manezinho

Como não se lembrar do uniforme usado por Guga na conquista de Roland Garros, em 1997. Em sua autobiografia, o catarinense conta que nem mesmo ele gostou do modelo. No ano da despedida de Guga do circuito, a marca que o patrocinava relançou o uniforme.

Mulheres na onda rosa

Sara Errani foi outra a embarcar na onda dos uniformes coloridos no Australian Open. Ela entrou em quadra usando um vestido branco com detalhes rosa, provando que as mulheres também estão ligadas nas cores.

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