A tenista Teliana Pereira dificilmente vai esquecer do dia 19 de abril de 2015. Nesta data, a pernambucana conquistou o primeiro título de nível WTA da carreira, em Bogotá, na Colômbia, além de ter encerrado um jejum de 27 anos sem troféus para brasileiras em torneios deste porte.
Na campanha da conquista inédita, Teliana precisou derrubar favoritas, como a italiana Francesca Schiavone (cabeça de chave 4), a ucraniana Elina Svitolina (1ª) nas semifinais, e a cazaque Yaroslava Shvedova (5ª) na grande decisão.
Após levantar a taça, a pernambucana de 26 anos de idade classificou a semana passada como a melhor de sua vida e também enalteceu o nível de tênis que jogou nas quadras de saibro de Bogotá.
“Esta foi a melhor semana da minha vida”, disse a emocionada Teliana Pereira. “Quando eu estava treinado, sempre sonhava em vencer um campeonato WTA e agora eu consegui”, comemorou a brasileira, ressaltando a importância de ter competido na Colômbia uma semana antes.
“Ter jogado o Challenger de Medellín (foi campeã no domingo retrasado) foi muito importante para mim, porque tinha um pouco de altitude lá também, e isso me ajudou a ficar preparada para as condições daqui. Acho que joguei muito bem durante a semana inteira. Eu me senti firme e estou tão feliz por ter conquistado meu primeiro título WTA aqui, em Bogotá”, completou a 81ª colocada do ranking mundial, melhor posição na carreira da tenista.
A última brasileira vencedora de um campeonato de nível WTA havia sido Neige Dias, campeã em abril de 1988, na cidade de Barcelona, poucos meses antes do nascimento de Teliana Pereira, que veio ao mundo em julho daquele ano.
A pernambucana ainda aproveitou o momento para chamar a atenção ao tênis feminino brasileiro e sul-americano: “Estou muito contente. Precisamos de mais gente jogando tênis no Brasil. Precisamos de mais jogadoras entre as top 100. Temos boas tenistas. Estamos melhorando. E esse título é muito importante também não só para o Brasil, mas para a o tênis da América do Sul”.
Agora, Teliana Pereira parte para Marrakech, no Marrocos, Cagnes Sur Mer e Saint Gaudens, antes de chegar a Paris, na França, para a disputa de Roland Garros.
