Marcos Gotto, o exigente e protetor técnico do ginasta Arthur Zanetti, nem esperou que alguém mencionasse as contestações à medalha de ouro conquistada por seu atleta para se manifestar sobre o assunto. De volta ao Brasil nesta quinta-feira, ele rebateu Huang Yubin, treinador do chinês Yibing Chen, assim que começou a se pronunciar publicamente.
Para Yubin, “dia 6 de agosto de 2012 teve uma noite obscura para a história da ginástica” por causa do ouro conquistado por Arthur Zanetti na prova de argolas. O chinês acusou o brasileiro de usar “recursos com pouca variação”, cometer “um erro claro” e, ainda assim, ser campeão olímpico porque “os árbitros consertaram suas falhas nos bastidores”. Seu pupilo Yibing Chen, dono de três títulos mundiais e primeiro colocado em Pequim-2008, ficou com a prata.
“Antes que alguém me pergunte, já vou falar logo sobre o treinador chinês que falou que roubaram e não sei o que lá”, avisou Marcos Gotto. “Quero cortar esse assunto e deixar as coisas bem claras. O Arthur competiu na preliminar com uma prova de 6.5 e tirou 15.616. Na classificatória, com 6.8, ele recebeu 15.800. Na final por equipes, 15.600. E, na final, de novo com 6.8, ganhou 15.900. É só fazer matemática, está bem? A diferença na nota deu exatamente os três décimos do 6.5 para o 6.8. Então, não existe roubo nem nada. Para não criar picuinha, façam matemática”, repetiu.
