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Superliga é lançada com final indefinida no masculino e êxodo no feminino

Arquivo Geral

21/10/2014 17h56

A próxima temporada da Superliga masculina de vôlei tem início em dia 25 de outubro, mas clubes e atletas ainda não têm certeza sobre a forma de disputa. O regulamento publicado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) prevê final em jogo único, o que algumas das equipes ainda tentam mudar.

O fim da final em apenas uma partida foi definido depois da plenária dos clubes em setembro, quando ficou acordada a realização de uma série de três partidas. Porém a CBV voltou atrás na decisão e optou por organizar o torneio com final única a pedido da TV Globo, emissora que detém os direitos de transmissão do campeonato nacional de vôlei. Atletas e clubes ficaram descontentes e agora tentam reverter a determinação.

“Por enquanto, vale o que está no regulamento: um jogo”, disse o diretor de competições da CBV, Radamés Lattari, durante o lançamento da Superliga. “Os clubes estão se reunindo e conversando para ver o que acham melhor, mas ainda não existe uma decisão. Sempre que existir um pedido dos clubes e que seja unânime, a gente pensa na possibilidade”, explicou.

A versão masculina da Superliga terá início em 25 de outubro com a partida entre Minas e UFJF, válida pela segunda rodada da competição. Serão 12 times, mesmo número da temporada passada, disputando partidas com sets de 25 pontos, em vez dos 21 do último ano. Saíram RJ Vôlei e Volta Redonda. Entraram São José e Voleisul/Paquetá Esportes.

Atual campeão, o Sada Cruzeiro é mais uma vez um dos candidatos mais fortes ao título, já que manteve a base das últimas temporadas, com destaque para o levantador Willian e o oposto Wallace. O Sesi, vice-campeão do ano passado, e o Funvic/Taubaté também aparecem com boas chances de brigar pelo troféu.

“A Superliga poderia e deveria ser muito melhor organizada ou mais forte pelos últimos resultados da Seleção e pelos jogadores que estão aqui. Mas esbarramos em estrutura, organização, televisão. É por isso que não crescemos e não damos aquele boom que o vôlei merecia”, disse o ponteiro Murilo, que deve estrear pelo Sesi apenas em dezembro após se recuperar de cirurgia no ombro.

Na Superliga feminina, com início programado apenas para 7 de novembro, são 13 times, um a menos do que no último ano, já que o Vôlei Amil encerrou seu projeto profissional. A fórmula de disputa está confirmada com a decisão em jogo único. O problema é a ausência de algumas das estrelas nacionais.

A ponteira Jaqueline, titular da Seleção Brasileira na campanha do vice-campeonato mundial, está sem clube e pode acabar deixando as quadras. Sheilla, também titular da equipe nacional, e Fabíola, levantadora reserva, deixaram o Molico/Osasco e jogarão no vôlei internacional. Fernanda Garay atuará pelo segundo ano consecutivo no exterior.

Um dos problemas para elas encontrarem equipes no Brasil é o ranking de atletas. Cada jogadora recebe uma pontuação por seu desempenho e os times têm que montar seus elencos respeitando um limite de pontos. Jaqueline, por exemplo, vale sete pontos. Desde a temporada 2013/2014 da Superliga, cada clube pode ter no máximo duas atletas deste nível, o mais alto da lista.

“Quanto menos atletas a gente perder para o exterior e mais puder trazer de volta, melhor. É triste acontecer isso, mas faz parte. Não tem como a gente controlar esse tipo de coisa. É uma pena termos perdido jogadoras, ter gente fora, mas vida que segue”, disse a central Thaísa, de Osasco.

Na temporada passada, a equipe da Grande São Paulo ficou fora da final pela primeira vez depois de 12 anos consecutivos decidindo o título. O clube está entre os cotados para brigar pelo campeonato, assim como os últimos finalistas Rexona/Ades (campeão ainda com o nome de Unilever) e Sesi, vice-campeão no ano passado.

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