O Brasil vem se preparando para os Jogos Olímpicos de 2016 desde o ano de 2001, assim que soube que o Rio de Janeiro seria cidade-sede de uma das competições mais importantes do mundo. Além de investir nos atletas mais experientes, o país deu atenção especial à nova geração, que está obtendo sucesso nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquim.
Em palestra realizada na Fundação Cásper Líbero, o secretário nacional de esporte de alto rendimento, Ricardo Leyser, apresentou os principais resultados alcançados pelo país. Os jovens atletas brasileiros tiveram uma evolução notável no rendimento. Até o momento, nos Jogos Olímpicos da Juventude, realizado na China, o Brasil já conquistou 17 medalhas. Enquanto que em 2010, na última edição da competição, em Cingapura, os representantes da bandeira verde e amarela conseguiram sete prêmios no total.
“É difícil apostar em nomes para as próximas Olimpíadas no Rio, porque no esporte você sempre tem o outro. Nós convivemos com o desenvolvimento dos atletas brasileiros. Mas não é possível ter certeza de quanto os outros países vão se desenvolver também. É claro que temos algumas surpresas, como o Marcus Vinicius, do tiro com arco, Isaquias Queiroz (canoísta) e Ana Sátila (canoísta). Temos vários candidatos a medalhas em 2016”, disse Leyser.
A aproximadamente dois anos de Rio 2016, o secretário acredita que o capital aplicado foi suficiente. Todo o trabalho, que começou há 13 anos, no anúncio da cidade-sede das Olimpíadas, já entrou na reta final. E é exatamente nesse momento que os atletas passaram a se destacar.
“O investimento começou a crescer a partir de 2001. Depois temos o Bolsa Atleta em 2005 e a Lei de Incentivo ao Esporte em 2007. Há uma série de ações que estão acontecendo há algum tempo. A preparação para 2016 ficou ainda mais intensa em 2010. Agora estamos no esforço final, em que os atletas começam a apresentar as conquistas”, explicou Ricardo.
O objetivo da secretaria nacional de esporte de alto rendimento é fazer o Brasil se tornar um dos protagonistas dos Jogos Olímpicos. A meta, portanto, é que o país fique entre os dez primeiros colocados do quadro de medalhas. Após essa conquista, o próximo passo é ficar entre os cinco melhores classificados para, assim, competir com as potências do esporte.
“Ainda não há condições de disputarmos com China, Estados Unidos ou Rússia. Até porque esses países já tem uma forte estrutura esportiva há décadas. Estamos descobrindo a ciência do esporte agora. O Brasil está recuperando toda essa parte. Nós já estamos otimistas em chegar entre os 10 primeiros”, esclareceu Leyser, que já pensa no próximo degrau da escada.
“Ficar entre os cinco já é outra revolução. Será preciso investimentos muito maiores do que o que já estamos fazendo hoje. Quando alcançarmos o objetivo de permanecer entre os dez primeiros, cabe ao país escolher se vai enfrentar as dificuldades para alcançar o passo acima, que é ficar entre os melhores do mundo”, completou o secretário nacional de esporte de alto rendimento.