Passados oito meses de competição e das 14 equipes que formavam o cenário nacional da elite do vôlei feminino, sobraram apenas quatro na Superliga. Hoje, mais um passo rumo ao fim da temporada 2013/2014 é estabelecido no primeiro jogo entre o atual campeão Rio de Janeiro/Unilever e Amil/Campinas, às 21h30.
Embora seja um dos favoritos a mais um título, o time do técnico Bernardinho, oito vezes campeão, esteve abaixo do esperado durante o campeonato. Prova disto é a terceira colocação na primeira fase da Superliga, atrás do invicto Molico/Osasco e do rival de hoje. Caso o time carioca não leve a melhor nos três confrontos desta fase, será a primeira vez, em dez anos, que a equipe não marcará presença em uma final.
A primavera da sorte
Aniversariar em dias decisivos como este é algo comum para a maioria dos esportistas, mas no caso da meio de rede Carol, que completa 23 anos hoje, será diferente.
“Nunca joguei no meu aniversário. Já passei a data longe de casa, da família, mas jogando, não. E a expectativa é muito boa. Pode parecer clichê, mas espero receber um presentão. Até minha mãe já me falou isso, que eu vou ganhar um belo presente se vencermos”, espera ansiosa a atleta.
Com presente surpresa ou não, elas colocam os pés no chão e sabem das dificuldades que terão contra o Campinas. Uma delas é a brasiliense oposta Tandara, que esteve de fora da fase anterior por conta de um entorse no tornozelo. Embora seja incerteza para o confronto, todas receberam as instruções de Bernardinho para qualquer situação.
“Acreditamos que Tandara jogará, mesmo tendo ficado de fora esse tempo. Mas, jogando ou não, estamos preparadas para marcar bem as principais jogadas das adversárias”, destaca Carol.
Mais jogos
O primeiro confronto entre Osasco/Molico, líder da fase classificatória, e Sesi-SP é na sexta, às 21h, no ginásio José Liberatti, em São Paulo.
O Osasco venceu o Brasília/Vôlei em dois jogos nas quartas de final, e o Sesi-SP precisou dos três confrontos para passar pelo Minas Gerais/Praia Clube.
Fofão garante estar 100%
Eleita pelo técnico José Roberto, do Campinas, como a atleta que mais dará trabalho no confronto de hoje com o Rio de Janeiro, Fofão comemora o “título”.
“Fiquei muito tempo de fora do time, devido a uma lesão na panturrilha esquerda, e venho me recuperando. Tenho entrado na inversão durante os jogos e não vejo a hora de conseguir estar mais tempo em quadra. Quero muito ajudar minhas companheiras e nada melhor que um momento decisivo”, relembra a capitã.
Ao contrário do comandante Zé Roberto, Fofão não arrisca eleger uma rival como principal destaque. De acordo com ela, a equipe em si já impõe respeito, principalmente pela campanha que fez até agora.
“Eles conseguem mesclar jogadoras experientes com jovens talentos e tem dado certo. Nossa preocupação é fazer um bom jogo, melhor do que fizemos contra elas na fase classificatória. Precisamos sacar bem, antes de tudo. Assim, temos mais possibilidades de anular os pontos fortes delas”, destaca a levantadora.
Fofão acrescenta que clássicos como este são definidos em detalhes e toda a concentração é necessária para o confronto.