Nem mesmo o medo dos quase dois metros de profundidade da reinaugurada piscina do Centro Olímpico da UnB afastaram a aposentada Alminda Ramos, de 61 anos, das águas.
A nadadora de primeira viagem nas 25 Horas Nadando – prova promovida anualmente em Brasília que completou sua 21ª edição -, enfrentou o desafio com o auxílio de uma boia.
“Deus me livre de entrar nessa piscina funda desse jeito! Com o macarrão eles podem me chamar a hora que quiserem”, brinca.
A piscina olímpica é dividida em oito raias. Cada uma é destinada a um time com um número variado de participantes que estejam dispostos a nadar por no mínimo 100 metros . Jovens, crianças e até gente da terceira idade marcaram presença em peso no desafio que durou o fim de semana inteiro. Afastada por seis anos da UnB, ontem a prova pôde finalmente voltar ao seu lugar de origem.
Paulo Henrique, um dos organizadores do evento, disse que, nesse espaço de tempo, as 25 Horas Nadando passou por vários clubes de Brasília e o público desta edição não é tão maior como o esperado.
“Talvez por conta dessa mudança, ou a volta para cá”, atribuiu ao crescimento da procura. De acordo com o organizador, além dos atletas, mais de 3 mil pessoas acabam circulando pelo espaço aquático da UNB, muitas delas familiares dos atletas.
Os times receberam toucas, troféus e medalhas alusivas ao evento.
Sem sustos
Assim como Alminda, o professor de educação física Lucas Xavier também foi mais um novato da prova. Depois de passar por cirurgias complicadas em fevereiro, Lucas está em tratamento no Hospital Sarah kubitschek desde junho.
Com os colegas do hospital, Lucas nadou um pouco, sem exageros, e voltou para casa refrescado do calor da tarde. “Fiz duas provas de 200m e uma de 300m. Acho que já está bom por hoje (ontem). É sensacional isso aqui”, afirmou.