O brasileiro Rubens Barrichello ficou muito satisfeito com a volta que o colocou na 12ª colocação do grid de largada do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Com um carro com rendimento fraco durante toda a temporada, ele se superou diante da torcida brasileira e conseguiu uma de suas melhores classificações no Mundial, com o tempo de 1min13s801. Seu companheiro de equipe, o venezuelano Pastor Maldonado, foi eliminado no Q1, com a 18ª marca:1min14s625.
“Eu fico muito contente porque hoje foi um dia com volta de pole, mesmo sabendo que eu ainda não ganhei nada. Aqui em Interlagos, no quintal de casa, fica mais legal. Andar bem é bom, mas andar bem aqui é melhor”, disse o brasileiro após o classificatório, neste sábado. “Tinha que usar o máximo, todas as coisas boas do carro e foi extremamente satisfatório ver que a gente ficou na casa de 1min13s”, explicou o piloto, emocionado com o apoio que recebeu da torcida nas arquibancadas e dos membros de sua equipe por conta de seu desempenho.
“Eu saí do carro e vi esse povo gritando o meu nome. O meu engenheiro, tudo o que ele não falou no ano, falou hoje. Ele elogiou a volta, disse que foi fantástico, mas falou fantástico umas três vezes”, afirmou sorrindo.
Para a corrida deste domingo (27), Rubinho confia na previsão de chuva, apresentada pela maioria das escuderias em São Paulo. Durante o treino classificatório, nuvens escuras apareceram sobre o circuito, mas a atividade pôde ser disputada em pista seca, o que não deve ocorrer com a prova, marcada para as 14h (de Brasília).
“Eu torrei os meus pneus na classificação, esperando a chuva para a corrida. Não sei se é verdade, mas acho que os 17 primeiros fizeram isso, foi o que a equipe me passou. Então acho que todo mundo pensou a mesma coisa. Se não chover, o carro já está em um lugar melhor do que ele pode. Acho que ainda temos uma corrida emocionante”, analisou.
Ainda sem equipe para a temporada 2012, que seria sua 20ª na F-1, o brasileiro, que aceita baixar seu salário para se manter no grid, evita estabelecer prazos para definir sua permanência na categoria. Apesar de ter afirmado que o desempenho em São Paulo deveria influenciar pouco as escuderias com que negocia, o paulista admitiu que um resultado como o deste sábado pode mostrar que ele “continua um moleque e que tem velocidade na veia”.
“Eu não marquei uma data, porque quando a namorada está em dúvida e você dá um ultimato nela, a chance de você ouvir um não é grande. Não estou pedindo por favor para ficar. A equipe está mudando engenheiro, mudando o motor e acho que eles precisariam dessa continuidade dos pilotos”.