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Sem cavalo, Cesinha volta à estaca zero

Arquivo Geral

12/05/2008 0h00

O cavaleiro César Cosme de Almeida, o Cesinha, passou da ponta ao fim da fila na briga por uma vaga na equipe brasileira de salto para os Jogos Olímpicos de Pequim. Pré-selecionado para a etapa final da seletiva juntamente com os demais conjuntos que foram campeões nos Jogos Pan-americanos do Rio-2007 e conquistaram a vaga brasileira na China, ele terá de recomeçar todo o processo de classificação se ainda quiser participar do evento.

A reviravolta foi provocada por uma lesão no ligamento da montaria Singular Joter com a qual disputou o Pan. “Hipismo é um esporte de conjunto e a vaga é do conjunto”, explica o diretor da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e chefe da equipe de salto, Marcello Artiaga. “Não tem como ele embarcar (para a Europa) com um cavalo que não estava no conjunto. Ele tem todo o direito de ir para a Europa e participar das seletivas por uma das duas vagas que estão em aberto”.

A lesão de Singular foi diagnosticada há 15 dias e ele precisaria de mais 40 para se recuperar completamente. Cesinha desejava retornar ao grupo pré-qualificado com sua segunda montaria, Gotha, com a qual foi quinto colocado no Campeonato Brasileiro. “Ele também foi bem na seletiva para a Copa do Mundo na última sexta-feira. Eles (CBH) estavam lá e viram que o cavalo estava em boa forma. Vai depender um pouco da torcida, mas ainda tenho esperanças”, afirmou.

Mas para Artiaga o caso está resolvido. “A Confederação já se manifestou. Temos uma linha de ação para a substituição. Estabelecemos uma regra antes da seletiva e ela foi seguida”. A ironia do caso é que o percurso zerado por Cesinha e seu cavalo no último dia do torneio pan-americano foi fundamental para que o Brasil garantiu a vaga olímpica.

Pelo regulamento, a vaga de Cesinha/Singular iria para os conjuntos José Roberto Reynoso/Long Neck HV e sequencialmente para André Miranda/Salamandra Cherokee, respectivamente, terceiro colocado nas seletiva e vice-campeão Brasileiro Sênior. Mas ambos alegaram razões pessoais para não disputar a pré-seleção, cedendo a vaga para o quarto colocado nas seletivas Francisco José de Mesquita Musa/Permiere Chantree 6.

“Se o Musa não tivesse aceitado, César seria o próximo na lista para substituir ele mesmo. Mas o quarto colocado aceitou”, resume Artiaga.

A long list da fase final da seletiva inclui ainda o campeão olímpico e pan-americano Rodrigo Pessoa com Rufus, os conjuntos do Pan Bernardo Rezende Alves/Chupa Chup, Pedro Veniss/Un Blanc des Blancs e Karina Johanpeter/O de Pomme Joter; os conjuntos classificados pelas seletivas nacionais Camila Mazza de Benedicto/Bonito Z e Bartholomeu Bueno de Miranda Neto/Replay; além de Álvaro Affonso de Miranda Neto, Doda/AD Chatwin, Luiz Felipe de Azevedo/Loriot e Pedro Andrade Costa/Kirfa de Kreisker pelas seletivas nos Estados Unidos e Itália.

Rodrigo ainda tem classificada como segunda montaria Chaplin, o mesmo acontecendo com Canturo Joter e Bernardo Alves e AD Picolien, de Doda. “O anúncio da equipe de salto deve ser feito entre 15 e 16 de julho porque temos até o dia 23 para fazer a inscrição nominal”, explica o diretor. Dos 15 conjuntos integrantes da long list, cinco formarão a equipe olímpica.

As montarias pré-classificadas que estavam no Brasil começaram a seguir para a Europa nesta segunda-feira. No primeiro grupo embarcaram a maior parte dos cavalos de salto e CCE. Nesta terça, seguem os de adestramento.

As Olimpíadas serão realizadas apenas em agosto, mas os animais tiveram de viajar bem antes para cumprir o prazo mínimo de 60 dias de quarentena exigido pelas autoridades sanitárias de Hong Kong, onde serão as disputas hípicas.

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