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Seleção de vôlei vai com time alternativo para o Pan

Arquivo Geral

03/10/2011 15h43

O Brasil será representado por uma Seleção de vôlei alternativa nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Campeão da edição de 2007 do torneio, realizada no Rio de Janeiro, o líbero Serginho está mais preocupado com a disputa da Copa do Mundo do Japão, classificatória para Londres-2012.

 

“Na verdade, esse Pan é só para cansar, até porque não vale vaga na Olimpíada. Não adianta você disputar e desgastar jogadores como o Murilo, que participou de todos os jogos da Seleção. Tem um significado importante ser campeão pan-americano, mas temos que garantir a vaga para as Olimpíadas”, disse o líbero do Sesi.

 

Companheiro de Serginho na conquista dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro-2007, Murilo também não defenderá o título em Guadalajara. O jogador vê o campeonato em franca decadência e lembra que muitos dos países participantes não costumam entrar com força total.

 

“Infelizmente, a cada edição o Pan vai perdendo um pouco de importância, principalmente porque os Estados Unidos não levam as equipes principais nos diferentes esportes. Eles levam a terceira, a quarta equipe. O Pan não traduz muito a realidade”, explicou.

 

Nem mesmo o técnico Bernardinho participará do torneio. Desta forma, o comando fica com o auxiliar Rubinho. Foram convocados Bruno Rezende e Murilo Radke (levantadores), Eder Carbonera, Gustavo Endres e Maurício Souza (centrais), Wallace Martins e Wallace de Souza (opostos), Thiago Alves, Luiz Felipe Fonteles, Renato Russomano e Ricardo Lucarelli (ponteiros), além de Mário Júnior (líbero).

 

O técnico Giovane Gávio entrou em contato com Bernardinho para garantir as presenças de Serginho, Murilo, Rodrigão e Sidão no Sesi durante a disputa do Mundial de Clubes de Doha, entre os dias 8 e 14 de outubro, data de início dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Wallace Martins, por sua vez, disputará os dois campeonatos, de acordo com a assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Apesar dos desfalques, Giovane aposta no tetra pan-americano da Seleção, campeã em São Paulo-1963, Caracas-1983 e Rio de Janeiro-2007. “O Brasil vai lutar pelo ouro, sem dúvida. Eu só tenho que agradecer ao Bernardinho e à Confederação [pela liberação dos atletas]. Se ganharmos o Mundial, vamos trazer muito prestígio para o campeonato nacional”, disse.

 

Experiente, Murilo vê o Pan como uma chance para os mais jovens. “Muitos dos jogadores são novos na Seleção, mas já treinaram conosco e sempre os enfrentamos na Superliga. Sabemos que eles têm plenas condições e ainda vão ter a liderança do Bruno e do Gustavo. Confio nesse grupo, vamos entrar de igual para igual”, declarou.

 

Sidão, por sua vez, gostaria de participar dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, uma vez que não fez parte do elenco campeão no Rio de Janeiro-2007. No entanto, ele compreende a estratégia de se poupar para a Copa do Mundo do Japão, no final da temporada.

 

“O Pan não é o objetivo principal da Seleção nesse ano. A prioridade, além da Liga Mundial, é a Copa do Mundo. Sem desmerecer o Pan, um campeonato importante, mas que não é o foco do momento. Como objetivo pessoal, eu gostaria de jogar, porque é um título que ainda não tenho, mas prefiro me preparar para estar bem no final do ano”, afirmou o atleta do Sesi.

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