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Segunda fase do Pré-Olímpico de Basquete começa bem para brasileiros

Arquivo Geral

06/09/2011 15h10

No basquete, quando acabam-se os minutos, contam-se os segundos. Isso porque em quadra, um segundo pode ser uma cesta de dois, três pontos. No primeiro jogo da segunda fase do Pré-Olímpico de Basquete Masculino, foram os últimos 30 segundos que mudaram o desfecho do jogo entre República Dominicana e Panamá. Em um lance normal com o jogador Eduardo Archibold, Edgar Sosa teve uma fratura exposta na tíbia e na fíbula direita, imagem que jogadores como Guilherme Giovannoni, Tiago Splitter e Augusto Lima nem quiseram ver. Dramático, mais do que qualquer fase de qualquer torneio.

 

Levado às pressas a um hospital de Mar del Plata, Sosa deve ter uma recuperação de no mínimo seis meses. Muito para um jogador que vinha mostrado o seu valor na competição e que ainda é bastante novo, tem apenas 21 anos. Os técnicos John Calipari, Charlie Villanueva, Jack Martínez e Luis Flores, todos ficaram consternados e alguns pediram no Twitter apoio de seus fãs. Os gritos de Sosa, que calaram o estádio – o jogo terminou em 92 a 68 para a República Dominicana -, ecoaram por muito tempo ainda cabeça de quem presenciou a cena, atleta gritando de dor, sendo levado de maca. A normalidade do Estádio Poliesportivo Islas Malvinas só voltou mesmo quando Porto Rico e Venezuela entraram em quadra.

 

O primeiro quarto foi bastante apertado, mas já no segundo período Porto Rico disparou, especialmente graças aos seus arremessos de três pontos. E, de novo, os minutos se mostraram preciosos em um jogo nervoso. No último quarto, Renaldo Balkman e Néstor Colmenares se estranharam e o astro da NBA deu uma cabeçada no venezuelando. Um princípio de confusão, com direito a intromissão dos árbitros enquanto Jay-Jay chamava a atenção das crianças. Resultado: os dois foram expulsos do jogo e posteriomente suspensos das próxima partida por suas seleções. Placar final: 94 a 82 para Porto Rico.

 

Passados os momentos de tensão dentro e fora de quadra, era chegada a hora da anfitriã do torneio fazer sua estreia na segunda fase. A mudança de horário dos jogos da Argentina para às 18h não parece ter sido uma boa ideia. A casa estava bem menos lotada do que nos outros dias, mas ainda assim estava bem cheia. E ainda assim a torcida estava empolgada com a sua geração dourada em quadra.

 

Scola, Ginóbili, Delfino, Prigioni, todos entraram e brilharam mais uma vez. O Canadá até tentou fazer frente ao time da casa, especialmente com o jovem e ousado Kelly Olynyk, 21 anos, no lugar de Levon Kendall, e que não se deixou intimidar pelos medalhistas olímpicos. Ainda assim, o forte Canadá não conseguiu segurar a seleção argentina que abriu o placar no segundo tempo e fez o jogo terminar com uma considerável diferença, 77 a 53.

 

Em um dia tão movimentando, tão atípico em Mar del Plata, o Brasil não podia decepcionar. E não decepcionou. A boa atuação que se esperava de um favorito a vaga para a Olimpíada de Londres finalmente aconteceu frente ao Uruguai. O Brasil, como os próprios jogadores assumiram, jogou como na preparação, como deveria ter jogado na primeira fase do torneio. Ao final da partida, após não conseguir alcançar uma bola que saiu de quadra, Vitor Benite deu até um sorriso de canto. Era a cara do jogo, de uma partida que foi leve e mais alegre para os jogadores brasileiros e para Benite, que mais uma vez se destacou em meio ao time titular e saiu cestinha da partida, com 21 pontos dos 93 a 66 feitos na partida.

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