Depois de a Federação Internacional de Vela (Isaf) anunciar que a presença da classe Star nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 estava ameaçada, o velejador Robert Scheidt saiu em defesa da categoria e enviou uma carta para Goran Petersson, presidente do órgão, com argumentos para a manutenção da modalidade.
A disputa da classe está assegurada para a Olimpíada de Londres-2012, mas delegados da Isaf propuseram a exclusão da Star do programa olímpico de 2016. Em vez dos 11 pódios previstos para os próximos Jogos, em 2016 seriam dez na vela.
“Isso será definido em maio, quando a Isaf fará a sua reunião. O que existe é a sugestão de alguns delegados da federação internacional que sugeriram alterações. Como a Star não tem grande representatividade em países da Ásia nem na Austrália e da Nova Zelândia, a área da Oceania, eles preferem optar por barcos mais simples.”
Para Scheidt, é importante para o esporte que a classe continue. “É a continuidade da carreira de vários atletas. A classe que concentra as maiores estrelas do iatismo mundial. E que apresenta regatas muito acirradas, decididas metro a metro. Na última Olimpíada, por exemplo, as medalhas só foram definidas na última perna da Medal Race”, disse.
O campeão brasileiro de classe Star acredita que ainda existe espaço e tempo para uma briga pela presença da categoria, principalmente numa Olimpíada que será no Rio.
“O Brasil tem cinco medalhas olímpicas conquistadas na Star, quatro com Torben e uma com a gente (Robert Scheidt e Bruno Prada ficaram com a prata em Pequim-2008). Seria um baque muito grande para a vela nacional e acho que também para os organizadores dos Jogos e o próprio COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Nossa batalha tem de ser pela manutenção da 11ª classe, como em Londres”, concluiu o velejador.