Designada para percorrer o mundo até atingir o local da realização das Olimpíadas, a rota da tocha olímpica de Pequim, revelada nesta quinta-feira, já causa discórdia. A discussão política gira em torno da decisão do Comitê Olímpico Chinês de incluir Taiwan e Tibet no percurso nacional do símbolo.
Na quarta-feira, quatro ativistas políticos foram presos na região do Monte Everest, local também incluso na rota, após protestarem pela independência do Tibet. Outra briga gira em torno da resistência de Taiwan em aceitar a proposta do Comitê chinês.
“Se o percurso é de Pequim até Taiwan e depois volta a Pequim, acredito que a China está usando nosso país como propaganda política. Isso iria diminuir a nossa força como nação soberana”, declarou Wang Shu-hui, membro do órgão legislativo de Taiwan.
A tocha olímpica, vista como símbolo de amizade e utilizado com fins diplomáticos, sairá da Grécia e irá percorrer diversas capitais, em diferentes continentes, antes de ser apresentada no Estádio Nacional, em Pequim, no dia 8 de agosto de 2008. No entanto, o Brasil foi deixado de lado e não terá a oportunidade de presenciar o evento.