De férias em sua terra natal, Tavullia, na Itália, Valentino Rossi aproveitou os dias de repouso para fazer um balanço pessoal do ano. Após quase conseguir o décimo título da MotoGP em 2015, o piloto segue reforçando que foi vítima de um complô nas pistas, mas parece ter aberto mão de tentar o recurso contra sua punição na Justiça.
Depois da polêmica no GP da Malásia, no final de outubro, quando Rossi empurrou Márquez para fora da pista e foi punido logo na última corrida, largando em último lugar em Valencia e vendo o espanhol Jorge Lorenzo ficar com o título, o maior campeão da categoria foi punido com quatro pontos para a próxima temporada, o que pode representar alguns riscos.
Na última quinta-feira Rossi comunicou à Justiça sua intenção de desistir do recurso e arcar com as responsabilidades do processo, mostrando ter concordado com a direção de prova no que se refere a intenção proposital de levar Márquez ao chão durante uma das curvas do circuito da Malásia.
O advogado Paco Sánchez, representante de diversos pilotos, entre eles Valentino Rossi, explicou as intenções do cliente. “Na realidade, Rossi recorreu porque pretendia que lhe dessem a cautelar para não sair em último em Valencia. Como isso não aconteceu, já parecia claro que o tribunal aceitaria a revogação do recurso”, comentou.
Caso o recurso tramitasse na Justiça de forma favorável ao italiano, Rossi poderia denunciar a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) pedindo indenização por prejuízos e danos sob alegação de que não pôde competir em caráter de igualdade com os demais concorrentes.
À época do acontecido, Rossi se mostrou revoltado com a situação e acreditou ser vítima de um complô. “Eu merecia o título. As coisas iam bem. Eu tinha 18 pontos de vantagem, mas desde de Montegi aconteceu algo que ninguém podia esperar. Márquez decidiu que eu não deveria ganhar o campeonato e se tornou o guarda-costas de Lorenzo”, criticou na oportunidade.
Após largar em último na corrida final da temporada, em Valencia, Rossi foi punido em quatro pontos, que leva como débito para o ano de 2016. Como a punição só prescreve um ano após a data do acontecido, Rossi terá de maneirar com seu jeito intempestivo nas pistas, já que os dez pontos de débito o farão ser desclassificado de futuras corridas.
