A alta competitividade dos carros de Mercedes gerou a conhecida rivalidade interna entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Nos últimos dois anos, o britânico e o alemão decidiram o título do Mundial de Pilotos. Hamilton levou a melhor, mas os troféus do britânico só acirraram ainda mais a disputa entre os pilotos, já comparada à de Ayrton Senna e Allain Prost na McLaren, no fim dos anos 80 e início dos 90. O chefe Toto Wolff vê a rivalidade como “muito feroz”, porém saudável para a Fórmula 1, desde que não fuja do controle.
“É importante manter o espírito dentro do time. A competição entre Nico e Lewis foi muito feroz, muito competitiva em alguns momentos. É compreensível porque eles estão brigando em um carro capaz de vencer o campeonato um contra o ouro.
O cara no outro carro não pode ser seu amigo, mas nós precisamos ser cuidados que isso não transborde dos dois lagos da garagem”, avaliou o chefe da escuderia inglesa ao Autosport.
Wolff assegurou que a Mercedes já teria mudado o line-up se sentisse que a competição entre os dois estivesse prejudicando o desempenho nas pistas. Embora os pilotos já tenham declarado que não são amigos, o fato de se conhecerem desde a infância, na visão do dirigente, ameniza as tensões.
“Nós vimos times no passado onde há competição sendo criada que não é boa para a dinâmica dentro time. Às vezes tendemos a exagerar na interpretação das animosidades que estão acontecendo, mas eles se conhecem desde que tinham oito anos de idade e acho que é uma boa situação”, acrescentou Wolff, feliz pelo incentivo que a rivalidade promove.
“Os dois, essa mistura, é perfeita para nós, porque da a sexta-feira (primeiro dia dos fins de semana de corrida) em diante, eles estão sempre empurrando um ao outro”, completou.