O Rio de Janeiro foi eleito sede dos Jogos Olímpicos de 2016 em anúncio feito durante a 121ª sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Copenhague.
Primeira cidade da América do Sul a sediar o evento em toda a história, o Rio participou da briga pela sede pela terceira vez – nas disputas de 2004 e 2012, não chegou nem à fase final.
A candidatura carioca derrotou Madri na decisão. Chicago saiu surpreendentemente na primeira rodada de votação, e Tóquio deixou a disputa na fase seguinte. A apresentação final da candidatura, feita hoje em Copenhague, teve como principal ponto a oportunidade de levar o evento pela primeira vez ao Brasil e à América do Sul.
O argumento foi usado pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ao afirmar que os Jogos no Rio pertencerão “a todos os povos e continentes, e à humanidade inteira”.
Lula afirmou que “chegou a hora” do Rio, já que o Brasil é o único país entre as dez principais economias do mundo que nunca recebeu as competições. Ele lembrou que os sul-americanos e a África nunca tiveram o evento.
Único a falar em português na apresentação, o presidente do Brasil se mostrou “com orgulho” um representante das “esperanças e sonhos” de 190 milhões de brasileiros que estarão todos reunidos incentivando o Rio.
“Os que nos derem essa chance não se arrependerão. Os Jogos do Rio serão inesquecíveis (…) Para o movimento olímpico será a chance de sentir o nosso sol. Será a chance de falar para o mundo que a Olimpíada é de todos”, disse.
Carlos Arthur Nuzman, à frente do comitê de candidatura e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) encerrou a apresentação afirmando que o Rio “está pronto”.
No palanque estavam também outras personalidades do esporte como Pelé, eleito maior jogador de futebol do século, o nadador paraolímpico Daniel Dias e a jovem atleta Barbara Leôncio, cujo choro marcou emotivamente o fim da apresentação do Rio.