O BMX é uma modalidade que já conta com fãs e adeptos desde a década de 90, quando Matt Hoffman alucinava com sua bicicleta aro 20 em manobras de tirar o fôlego.
Em 2016, Renato Rezende não estará pensando em manobras quando representar o Brasil nas Olimpíadas. No estilo dele, a velocidade é o que conta, mas o que não impede algumas manobras.
Em um país onde o futebol domina a cultura esportiva, Renato tem um sonho de que, com mais uma boa apresentação, como quando terminou o Campeonato Mundial na sexta colocação, faça com que as crianças passem a ver com outros olhos os atletas do BMX.
“Hoje, as crianças querem ser o Neymar. Espero que daqui a algum tempo elas queiram ser igual ao Renatinho (risos). Meu sonho é fazer minha parte para popularizar o esporte”, ressalta.
PREVISÃO DE SUCESSO
Com conhecimento de quem viu de perto algumas das instalações que serão usadas durante os Jogos Olímpicos, Renato não consegue vislumbrar outro cenário que não seja de sucesso durante a primeira edição da competição no Brasil.
“Depois do Prêmio Brasil Olímpico, fui convidado para conhecer algumas das obras. Está ficando tudo muito lindo. O pessoal do Comitê Organizador está tratando tudo com muito carinho”, disse o atleta. Para ele, as condições em que as obras estão garantem ao povo brasileiro uma competição de altíssimo nível. “Acho que podemos, sim, fazer uma Olimpíada muito top”, opina Renato.
Olho Nele
O grande nome do BMX na atualidade vem da Letônia e atende pelo nome de Maris Strombergs. O atleta ficou no posto mais alto do pódio em nada menos que das duas últimas edições dos Jogos Olímpicos, em Pequim e Londres. Como se não bastassem as glórias em Olimpíadas, o letão foi campeão mundial também em duas ocasiões: 2008 e 2010, além de faturar a prata no ano seguinte da última conquista.
Torcida pode fazer a diferença
A meta do Comitê Olímpico Brasileiro é terminar as Olimpíadas entre as dez nações mais bem colocadas no quadro de medalhas. A possibilidade de contar com o apoio da apaixonada torcida brasileira pode ser um dos trunfos dos donos da casa para conquistar o objetivo.
Para Renato, além do apoio vindo das arquibancadas, os brasileiros terão outras cartas na manga quando as competições tiverem início em 2016.
“O pessoal vai poder acompanhar tranquilo, do sofá de casa. Procuro estar me preparando da melhor forma possível, me alimentando bem e dormindo direito”, revela.
Renato ainda comemora poder desfrutar de seu país durante o maior evento esportivo do mundo. “A vantagem vai ser nossa. Não vamos ter o fuso-horário contra, vamos estar na nossa casa, podendo comer nosso arroz com feijão”, brinca o jovem cliclista.
Bolsa na hora certa
O atleta também acredita que o apoio do governo neste momento vem de grande ajuda. Para ele, todo o respaldo garantido pode trazer frutos para os Jogos Olímpicos no ano que vem.
“Está todo mundo muito motivado. Temos um plano muito legal que é o bolsa-pódio, que nos deu uma estrutura muito legal”, revela Renato.