Rebeca caiu repentinamente. Em cenas fortes, ela apresentou espasmos enquanto era amparada pelos médicos da competição catarinense e precisou de um aparelho de oxigênio para respirar com mais facilidade. Consciente, a atleta conseguiu deixar o local andando. Em seguida, foi encaminhada para um hospital para realizar exames.
Ajalmar Gusmão, pai de Rebeca, explicou o acontecido: embora tenha ficado em Brasília e visto a prova pela televisão, ele não se mostrou tão preocupado com o acontecimento. “Não é a primeira vez que isso acontece. Além de ser muito competitiva e ter ficar estressada antes de nadar, ela é asmática e tem hipoglicemia reativa”, explicou.
Hipoglicemia reativa é um termo médico utilizado para descrever o baixo nível de açúcar no sangue. Acontece após práticas de esportes, já que as reservas de carboidratos são consumidas mais rapidamente pelo organismo. Quando isso acontece, é comum ocorrer convulsões que, se não tratadas rapidamente, podem deixar seqüelas.
Dentro da piscina e antes do mal súbito, Rebeca manteve o favoritismo e venceu a prova, cravando o tempo de 25s60, com ligeira vantagem sobre Flávia Delaroli, que terminou 0,06s depois. A confirmação do resultado demorou para ser confirmado, já que um problema no placar eletrônico não indicou o tempo da raia quatro, de Delaroli.
Rebeca, já classificada para as Olimpíadas de Pequim, terminou a prova em 26s72. A atleta do Pinheiros Flávia Delaroli, também com passaporte carimbado para os Jogos de 2008, terminou em segundo lugar, com o tempo de 26s74.
A nadadora brasiliense também havia passado mal no Pan, logo após a prova de revezamento 4x100m livre feminino.