De nada adiantou a apelação de Rebeca Gusmão ao Tribunal Arbitral do Esporte. Nesta sexta-feira, a entidade anunciou que o recurso da nadadora às condenações por uso de doping não foi aceito. Assim, a brasileira está banida de todas as competições.
Rebeca havia sido banida pela Federação Internacional de Natação (Fina) em setembro do ano passado, mas a atleta recorreu na esperança de prosseguir com sua carreira – ela chegou até mesmo cogitar a possibilidade de nadar por outro país.
Dois exames positivos foram suficientes para encerrar a história de Gusmão no esporte: o primeiro data de maio de 2006, por uso de testosterona, enquanto o segundo aconteceu durante os Jogos Pan-americanos de 2007, também por conta do excesso de hormônio masculino em seu corpo.
Campeã dos 50m e 100m livre no Rio, Rebeca começou a gerar suspeitas às vésperas da disputa continental por conta do físico avantajado, mas argumentava que sofria da síndrome dos ovários policísticos, além de fazer bastante musculação. Com o doping, teve as medalhas retiradas.
A participação de Rebeca no Pan ganhou contornos ainda mais polêmicos porque foi verificada a existência de dois DNAs diferentes na amostras da urina da nadadora que tinham resultado negativo. Ela chegou a ser denunciada pelo Ministério Público por falsidade ideológica, mas acabou absolvida por falta de provas.