Pouco menos de um ano antes do início dos Jogos Olímpicos de Pequim, a seleção brasileira de ginástica artística fez bonito e sai do Mundial da modalidade, encerrado neste domingo na Alemanha, com a quinta colocação no quadro de medalhas, à frente de potências como Rússia, Romênia e Japão.
Os representantes nacionais subiram duas vezes ao pódio, com Jade Barbosa e Diego Hypólito. Enquanto a terceira colocação da carioca de 16 anos no individual geral pode ser considerada surpreendente, o irmão de Daniele apenas confirmou o favoritismo – aumentado pelas contusões do romeno Marian Dragulescu e do canadense Kyle Shewfelt às vésperas da competição – para confirmar o ouro na prova do solo.
Trata-se do melhor desempenho dos brasileiros na história do Mundial, que começou a ser disputado em 1903. Até então, o país nunca havia conseguido sair da disputa com duas medalhas: ficou perto em 2005, quando Diego Hypólito levou o ouro no solo e Daiane dos Santos ficou em sétimo na tentativa de levar o bicampeonato no mesmo aparelho.
E, se há quatro anos, o fato de a equipe feminina inteira ter conseguido se classificar para as Olimpíadas foi muito comemorado, desta vez o feito pode ser considerado “normal”. O time verde-amarelo, aliás, alcançou o melhor desempenho da história, ao terminar com a quinta colocação na prova.
Porém, o Mundial de Stuttgart não foi só alegria para o Brasil: a grande decepção ficou por conta do desempenho geral da equipe masculina, que não correspondeu às expectativas e terminou em apenas 17º lugar, assegurando (como em Atenas-2004), apenas uma vaga nos Jogos Olímpicos – que, apesar de ainda ter um processo seletivo para definir o dono, deve ficar mesmo com Diego. Antes da disputa, a comissão técnica nacional sonhava em até mesmo classificar o time completo, de forma que precisaria terminar entre os 12 melhores.
Estrela da modalidade no Brasil, Daiane dos Santos não conseguiu se recuperar bem de uma contusão no tornozelo direito sofrida em treinamentos para os Jogos Pan-americanos e não se destacou. Na disputa do solo, ela foi apenas a 23ª colocada. Laís Souza, por sua vez, também não esteve 100% fisicamente e não passou perto de disputar as duas finais individuais que fez na edição 2006 da competição.
O Mundial também serviu para alçar Jade Barbosa, de 16 anos, ao conhecimento do público brasileiro. Antes considerada uma grande promessa pela comissão técnica, a carioca tornou-se realidade e, por muito pouco, não levou o ouro no individual geral. Da mesma forma que no Pan, ela chegou a entrar na última rotação dos quatro aparelhos como líder, mas cometeu um erro em sua apresentação no solo e ficou com o terceiro lugar, resultado histórico para a modalidade.
Jade ainda disputou duas finais individuais, no salto (sua especialidade) e na trave, conseguindo respectivamente a quinta e a sétima colocação. Destaque ainda para Ana Cláudia Silva e Khiuani Dias, novatas que alcançaram um desempenho bem mais consistente do que o apresentado durante o Pan e ajudaram na conquista do quinto lugar histórico por equipes.
EUA na cola da China
Enquanto o Brasil comemora a evolução, os chineses mais uma vez mostraram que são os favoritos para as Olimpíadas do ano que vem, quando competirão em casa. Ao todo, eles levaram cinco medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Apostando em uma equipe jovem, no entanto, os Estados Unidos deram mostras de que pretendem trabalhar forte para acabar com a festa do adversário. Os norte-americanos chegaram a quatro títulos mundiais, além de dois vices e um bronze. A conquista mais surpreendente se deu na disputa por equipes feminina, quando elas derrotaram as chinesas por 0,950 pontos.
O destaque do time norte-americano fica por conta de Anastasia Liukin, que, com o ouro no solo e a prata nas barras paralelas, chegou à marca de nove medalhas em Mundiais. Campeã pan-americana da trave e no individual, Shawn Johnson levou o ouro no solo e se firma como candidata ao pódio em Pequim.
Melhor país na modalidade em Atenas-2004, a Romênia, que contou com o reforço de Catalina Ponor, não conseguiu subir ao ponto mais alto do pódio, ficando com três pratas e um bronze. Já a Rússia, que ainda guarda parte da força dos tempos da União Soviética, sai da Alemanha com apenas um ouro. O Japão, por sua vez, conquistou uma prata e quatro bronzes.
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Os representantes nacionais subiram duas vezes ao pódio, com Jade Barbosa e Diego Hypólito. Enquanto a terceira colocação da carioca de 16 anos no individual geral pode ser considerada surpreendente, o irmão de Daniele apenas confirmou o favoritismo – aumentado pelas contusões do romeno Marian Dragulescu e do canadense Kyle Shewfelt às vésperas da competição – para confirmar o ouro na prova do solo.
Trata-se do melhor desempenho dos brasileiros na história do Mundial, que começou a ser disputado em 1903. Até então, o país nunca havia conseguido sair da disputa com duas medalhas: ficou perto em 2005, quando Diego Hypólito levou o ouro no solo e Daiane dos Santos ficou em sétimo na tentativa de levar o bicampeonato no mesmo aparelho.
E, se há quatro anos, o fato de a equipe feminina inteira ter conseguido se classificar para as Olimpíadas foi muito comemorado, desta vez o feito pode ser considerado “normal”. O time verde-amarelo, aliás, alcançou o melhor desempenho da história, ao terminar com a quinta colocação na prova.
Porém, o Mundial de Stuttgart não foi só alegria para o Brasil: a grande decepção ficou por conta do desempenho geral da equipe masculina, que não correspondeu às expectativas e terminou em apenas 17º lugar, assegurando (como em Atenas-2004), apenas uma vaga nos Jogos Olímpicos – que, apesar de ainda ter um processo seletivo para definir o dono, deve ficar mesmo com Diego. Antes da disputa, a comissão técnica nacional sonhava em até mesmo classificar o time completo, de forma que precisaria terminar entre os 12 melhores.
Estrela da modalidade no Brasil, Daiane dos Santos não conseguiu se recuperar bem de uma contusão no tornozelo direito sofrida em treinamentos para os Jogos Pan-americanos e não se destacou. Na disputa do solo, ela foi apenas a 23ª colocada. Laís Souza, por sua vez, também não esteve 100% fisicamente e não passou perto de disputar as duas finais individuais que fez na edição 2006 da competição.
O Mundial também serviu para alçar Jade Barbosa, de 16 anos, ao conhecimento do público brasileiro. Antes considerada uma grande promessa pela comissão técnica, a carioca tornou-se realidade e, por muito pouco, não levou o ouro no individual geral. Da mesma forma que no Pan, ela chegou a entrar na última rotação dos quatro aparelhos como líder, mas cometeu um erro em sua apresentação no solo e ficou com o terceiro lugar, resultado histórico para a modalidade.
Jade ainda disputou duas finais individuais, no salto (sua especialidade) e na trave, conseguindo respectivamente a quinta e a sétima colocação. Destaque ainda para Ana Cláudia Silva e Khiuani Dias, novatas que alcançaram um desempenho bem mais consistente do que o apresentado durante o Pan e ajudaram na conquista do quinto lugar histórico por equipes.
EUA na cola da China
Enquanto o Brasil comemora a evolução, os chineses mais uma vez mostraram que são os favoritos para as Olimpíadas do ano que vem, quando competirão em casa. Ao todo, eles levaram cinco medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Apostando em uma equipe jovem, no entanto, os Estados Unidos deram mostras de que pretendem trabalhar forte para acabar com a festa do adversário. Os norte-americanos chegaram a quatro títulos mundiais, além de dois vices e um bronze. A conquista mais surpreendente se deu na disputa por equipes feminina, quando elas derrotaram as chinesas por 0,950 pontos.
O destaque do time norte-americano fica por conta de Anastasia Liukin, que, com o ouro no solo e a prata nas barras paralelas, chegou à marca de nove medalhas em Mundiais. Campeã pan-americana da trave e no individual, Shawn Johnson levou o ouro no solo e se firma como candidata ao pódio em Pequim.
Melhor país na modalidade em Atenas-2004, a Romênia, que contou com o reforço de Catalina Ponor, não conseguiu subir ao ponto mais alto do pódio, ficando com três pratas e um bronze. Já a Rússia, que ainda guarda parte da força dos tempos da União Soviética, sai da Alemanha com apenas um ouro. O Japão, por sua vez, conquistou uma prata e quatro bronzes.
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