Haland Guilarde
Especial para o Jornal de Brasília
A celeuma que virou a reforma do Autódromo Nelson Piquet desde 21 de março de 2014, quando foi feito o anúncio de que o local receberia a Fórmula Indy, teve seu capítulo final na noite de ontem. A Rede Bandeirantes informou que a Terracap, agência de desenvolvimento do Distrito Federal, cancelou unilateralmente a corrida, que seria realizada no próximo 8 de março.
A revogação por parte da empresta estatal – com a permissão do Governo do Distrito Federal (GDF) –, motivou-se pela ação conjunta entre o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), que recomendaram a interrupção do contrato para a realização do evento.
Batido o martelo sobre a não realização da prova, a pergunta que fica no ar é: quem vai pagar a multa de US$ 70 milhões (R$ 189 milhões), prevista em caso de distrato do contrato?
Por meio da assessoria de imprensa, a Terracap justificou a decisão de suspender as obras por “não ter como deixar de acatar a notificação do MP.” Ainda de acordo com a assessoria, o contrato que a envolve foi assinado com a Rede Bandeirantes, o qual não prevê pena financeira. A empresa estatal informou que em breve passará um balanço das despesas, já que desde a suspensão da licitação, em 13 de novembro de 2014, emprega recursos próprios na reforma.
Governador tentou acordo
Até então disposto a cumprir o acordo firmado pelo antecessor, o governador Rodrigo Rollemberg reuniu na última quarta-feira representantes da Terracap, da procuradoria do GDF e diretores da Band – Marcelo Meira e Flávio Lara Rezende – para tentar um acordo. Como não houve consenso, o GDF preferiu cancelar definitivamente a realização da prova.
Os ingressos, com preços entre R$ 70 e R$ 300, estavam à venda desde 8 de janeiro. Cinco dos dez setores destinados ao público já estavam esgotados. A Band informou que informará nos próximos dias como será feita a devolução do valor pago pelos ingressos.