Mais uma polêmica no caso Oscar Pistorius. No segundo dia de julgamento, nesta terça-feira, em Pretória, o promotor Garrie Nel afirmou que o atleta sul-africano teria oferecido uma quantia de 34 mil dólares (cerca de R$ 81,3 mil) para a família de sua ex-namorada, Reeva Steenkamp, após o assassinato. Ainda de acordo com Nel, os familiares rejeitaram a ideia, alegando ser esse um “dinheiro sangrento”.
Em setembro, Pistorius foi inocentado da acusação de homicídio doloso (quando tem a intenção de matar) pela morte de sua ex-namorada. Nesse caso, ele poderia até pegar prisão perpétua. No entanto, o atleta paralímpico foi condenado por homicídio culposo (quando não tem a intenção de matar), com a possibilidade de pegar até 15 anos de cadeia.
Neste segundo dia de julgamento, em que são ouvidas as testemunhas a favor do réu no tribunal de Pretória, a assistente social Annette Vergeer disse que as cadeias na África do Sul não têm condições mínimas para abrigar Pistorius, já que são super lotadas e violentas. “A prisão não vai ajudá-lo, e sim quebrá-lo como pessoa”. Sendo assim, para ela, o réu poderia ficar em prisão domiciliar e colaborar em trabalhos sociais com crianças deficientes.
A audiência continua nesta quarta-feira, em Pretória. A juíza Thokozile Masipa, que cuida do caso, tem a intenção de anunciar a pena de Pistorius até o final desta semana. A sentença de homicídio culposo pode variar entre o pagamento de uma multa e 15 anos de prisão.