As mudanças de nacionalidades de atletas irritaram o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, às vésperas dos Jogos Olímpicos de Londres-2012. De acordo com o mandatário, algumas alterações têm justificativas aceitáveis, mas outras são feitas apenas por dinheiro.
“Alguns mudam de nacionalidade por razões legítimas de casamento, trabalho ou estudos. Outros mudam de país porque o seu não oferece apoio ao esporte. Isto não me agrada muito, mas posso entender. Agora, a troca simplesmente por dinheiro legalmente não pode ser evitada, só que obviamente não me agrada”, reclamou Rogge, nesta quarta-feira (14), na Suíça.
O assunto voltou a ser discutido depois que diversos atletas se naturalizaram britânicos, para poder disputar as próximas Olimpíadas pela delegação da casa. No Mundial Indoor de atletismo, em Istambul, alguns dos esportistas não souberam cantar o hino do Reino Unido.
Apesar da polêmica, o país-sede dos Jogos de Londres-2012 deve reforçar sua delegação com mais atletas estrangeiros. A cubana Yamile Aldama, campeã mundial do salto triplo em Istambul, e o ciclista alemão Philip Hyndes receberam autorização do próprio COI para competirem pelo Reino Unido.
As declarações de Rogge foram feitas após reunião da Comissão Executiva do COI, na Suíça. Ainda estão programados mais dois encontros, em abril em Moscou, e em maio no Quebec, antes do início das próximas Olimpíadas.