A ameaça dos jogadores da seleção argentina de basquete em não disputar o Mundial, que acontece na Espanha, entre o fim de agosto e o meio de setembro, parece ter dado certo. Os atletas argentinos exigem “mudanças profundas” e uma “investigação certeira” na Confederação Argentina de Basquete (CABB). O presidente da entidade, Daniel Zanni, informou ao jornal esportivo e argentino Olé que anunciará sua renúncia ainda nesta segunda-feira.
Zanni assumiu a presidência após as renúncias de Germán Vaccaro e Ricardo Siri e informou ao Olé que convocará eleições para que tenha um novo mandatário daqui 90 dias: “Falei com minha família e amigos e tomei a decisão de dar um passo atrás. Nesta segunda anunciarei a meus colegas e convocarei eleições para que possa haver um novo presidente em 90 dias”.
Após a renúncia, o Secretário de Esportes da Argentina, Camau Espínola, será um dos comandantes da renovação de autoridades e a auditoria sobre a CABB. Para Camau, o processo deve ser claro e ouvir os jogadores será uma prática corriqueira: “Tem de respeitar e escutar os jogadores, que são a essência do Basquete. O processo deverá ser feito com transparência”.
A ameaça de não atuar na Espanha foi liderada pelos jogadores Luis Scola e Emanuel Ginóbili, que jogam na NBA, a liga norte-americana e o principal campeonato de basquete do mundo. O objetivo é melhorar a administração da modalidade na Argentina.