O britânico Chris Kermode se tornou presidente da ATP apoiado por alguns grandes nomes do circuito, como Roger Federer e Andy Murray, e também pelo sucesso do ATP Finals de Londres, torneio de encerramento da temporada e do qual era o organizador. O contrato da competição com a capital inglesa se encerra em 2015 e o mandatário da entidade diz que está aberto a conversar com outras cidades dispostas a receber o evento, entre elas o Rio de Janeiro.
Kermode foi indicado presidente e chefe-executivo da ATP em novembro de 2013 depois da morte de seu antecessor Brad Drewett, em maio, em decorrência de uma grave doença neurodegenerativa. O crescimento do Finals desde que Londres se tornou sede do evento em 2009 foi considerado fundamental para sua indicação unânime pelo conselho de diretores da entidade.
O plano do Rio de Janeiro em receber o torneio de encerramento do calendário, que reúne os oito melhores jogadores da temporada, é de 2011 e fazia parte do plano de divulgação da cidade como um destino esportivo global até os Jogos Olímpicos de 2016. O sucesso do evento em Londres, no entanto, fez com que a ATP renovasse seu contrato de três anos, iniciado em 2009, com a capital inglesa.
“Vamos começar o processo de escolha agora. Estou aberto a conversar com qualquer um que queira nos receber em qualquer região do mundo”, disse Kermode nesta segunda-feira em passagem por São Paulo. “É o evento que encerra a temporada, é como o Super Bowl do tênis. Você precisa de boa exposição de mídia, um fuso horário interessante, presença de público grande e interesse comercial também para passar uma mensagem forte. Financeiramente tem que ser igual ou melhor do que Londres”, explicou o britânico, citando alguns dos motivos que devem pesar na escolha.
Kermode viajou ao Brasil para a primeira edição do Aberto do Rio de Janeiro, evento que recebeu na última semana um ATP 500 e um torneio da WTA. O britânico gostou do que viu no evento promovido pela gigante IMX na Cidade Maravilhosa, mas ainda adota cautela ao falar sobre possíveis novos torneios na América do Sul.
A competição no Rio de Janeiro foi vencida pelo espanhol Rafael Nadal. Após o título, o líder do ranking mundial disse que a ATP precisa dar mais atenção à América Latina e também esperar a realização de um torneio Masters 1000 na região nos próximos anos.
“É complicado. Nós revemos a estrutura de torneios de anos em anos e vamos avaliar constantemente se a estrutura funciona. Mas há muitos fatores envolvidos. Esse foi o primeiro ano do ATP 500 e é um bom primeiro passo. Quero ter um ambiente em que os torneios mais fortes possam crescer. Preciso criar um mecanismo para isso porque gera competição, o que é bom para todo mundo”.
Atualmente, a série Masters 1000, meno importante apenas que os Grand Slams e o ATP Finals no calendário, é composta por nove torneios. Quatro ocorrem na América do Norte, em Cincinnati, Indian Wells, Miami e Toronto, outros quatro na Europa, em Roma, Paris, Monte Carlo e Madri, e um na Ásia, em Xangai.