Na capital da corrida de rua, acelerar no fim do ano significa bem mais que cumprir uma extensa lista deafazeres. Isso porque, em Brasília, a temporada é de preparação para duas importantes competições: a São Silvestre, realizada em São Paulo no réveillon,e a Corrida de Reis, que acontece por aqui no final de janeiro. “É na contagem regressiva que muita gente reforça os cuidados com a alimentação”, destaca Omarde Faria, especialista em nutrição estética e esportiva do Centro deLongevidade Golden Spa.
Antes tarde do que nunca. Afinal,o sucesso da atividade física deve-se em boa parte a uma dieta balanceada. “Enjoos,cãibras e fadiga são muitas vezes sinais de alimentação inadequada. E esses problemas podem ocasionar na desistência da prática e das provas”, enfatiza Dr.Omar.
Avaliação Personalizada
O nutricionista, que assiste alguns dos atletas da seleção brasileira de basquete, é taxativo quanto aos benefícios da avaliação personalizada para a prescrição da dieta: “Dispomos hoje de alguns exames de importante valia. Esse é o caso do Dexa, que informa com exatidão a composição corporal; da ergoespirometria, que verifica asvariações respiratórias, metabólicas e cardiovasculares; e do exame de calorimetriaindireta de repouso, que mensura a taxa metabolólica basal”.
Com base nos resultados dos exames,é possível ter a real percepção do funcionamento metabólico e fisiológico doatleta. Os resultados possibilitam personalizar não apenas o plano alimentar,mas também o treino desportivo. “Conseguimos potencializar de forma relevante odesempenho do atleta”, destaca.
Performance no Prato
Para cruzar a linha de chegada,Dr. Omar compartilha: “A dieta deve ser adequada às necessidades individuais demacronutrientes – carboidratos, as proteínas e os lipídios – e micronutrientes- vitaminas e os minerais. Em provas longas como as maratonas, é importanteelaborar estratégias de hidratação antes, durante e após a prova. Assim, temosa certeza de que as chances de cãibras edesidratação do atleta são mínimas e com certeza ajudará no rendimento daexecução do exercício”.
Já no dia da prova, o atletadeve garantir uma refeição rica em carboidratos e substâncias antioxidantescomo, por exemplo, macarronada à bolonhesa, frutas e outros suplementos que compõem a combinação. Chegado o esperado dia, é necessário consumir um café damanhã com carboidratos, mais ou menos três horas antes da prova. Nessa refeiçãopodem estar presentes também proteínas magras e lipídios que podem variar entreessenciais e não essenciais, porém em menor quantidade.
Por volta de 15 minutos antesda competição, a refeição deve ser líquida. O atleta deve ingerir ainda, cerca de150ml a 350ml de líquidos por hora de prova, volume que varia de acordo comcada atleta. Outro fator importante é a temperatura da bebida, que deverá estarentre 15ºC e 22ºC. Desse modo, evitam-se desconforto gastrointestinal, desidratação e diminuição de rendimento.