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Prejuízos nos cofres aumentam a procura por vaquinhas virtuais no esporte

Arquivo Geral

19/11/2014 9h15

A situação do Flamengo é a seguinte: acabou o dinheiro.” A frase é do ex-presidente do Rubro-Negro, Márcio Braga, em janeiro de 2009, quando o clube passava por sérios problemas econômicos.

Atualmente, a frase não ilustra   somente situações em que vivem alguns clubes de futebol. A crise financeira assola também outros esportes, em modalidades até então inimagináveis que isso ocorresse.

Esgotadas todas as possibilidades de conseguir apoio de forma “convencional”, clubes, escuderias e atletas, agora, apelam aos seus fãs na tentativa de sanar as dificuldades financeiras.

Recentemente, a Caterham, equipe inglesa da Formula 1, recorreu ao crowdfunding, método de arrecadação de dinheiro junto ao público (uma “vaquinha” virtual), para tentar disputar o GP de Abu Dhabi, corrida que fecha a temporada 2014 da mais importante categoria do automobilismo. 

As doações, feitas por meio do site da escuderia na internet, tinham valores que variavam entre 1 e 45 mil libras esterlinas. A repercussão foi positiva e o que parecia improvável passou para possível e será realizado. Quem confirmou foi a própria Caterham, em comunicado divulgado na internet.

Prêmios por doações

Mas nem tudo é de graça. Nesse tipo de financiamento, o beneficiado, geralmente, oferece diversas premiações. A escuderia inglesa, por exemplo, fechou um pacote de prêmios para os doadores.

Como “recompensa” para cada doação, a equipe oferecia prêmios até atraentes. Entre os brindes, peças de carros, bonés, chaveiros e macacões de pilotos e mecânicos. 

Para os que se dispusessem a doar a quantia máxima, que gira em torno de módicos R$ 180 mil (45 mil libras esterlinas), a empresa daria um pacote VIP para o fã acompanhar o GP em Abu Dhabi.

A prazo, em cheque ou no cartão

No basquete brasileiro, a situação não é muito diferente. Nem mesmo Franca, um dos mais tradicionais clubes do basquete brasileiro, escapou da crise. O desespero é tanto que a diretoria do time marcou uma reunião com a fanática e fiel torcida para mostrar alternativas para driblar os problemas financeiros. 

Calcula-se que a dívida dos francanos esteja em cerca de R$ 1 milhão. Desta forma, a diretoria da equipe do interior paulista pediu aos torcedores que lotassem todos os jogos que o time fizer no Ginásio Pedrocão. 

Com ingressos sendo vendidos a R$ 10 (arquibancada) e R$ 20 (cadeira), o clube estima ser possível manter o time até o final do campeonato, caso a capacidade da arena, que é de cerca de 4 mil pessoas, esteja completa. Do contrário, a participação do time no NBB pode ser abreviada. 

Aderiu à moda

Além de esperar casa cheia em todos os duelos, Franca também aderiu à vaquinha na internet. De acordo com o supervisor técnico do time, Edu Mineiro, a ideia surgiu como uma das alternativas para tentar contornar a dificuldades que a equipe vem atravessando. Segundo Edu, além da divulgação que já vem sendo feita na internet e carreatas, há outras formas de aumentar o total das doações.

“Estamos pensando em fazer um vídeo com personalidades de renome da cidade de Franca que podem nos ajudar a incrementar as doações”, explica.

Para tentar conseguir doações de todos os públicos, o Franca Basquete disponibiliza diversas modalidades de doações. Além da possibilidade de doar um valor único, o interessado também pode injetar mensalmente por prazos pré-determinados, que variam entre três e seis meses. Há ainda, a opção de fazer doações por cartão de crédito, transferência ou depósito bancários e até mesmo boleto.

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