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Prazo curto, muito dinheiro e incerteza sobre o retorno são desafios para receber a Indy

Arquivo Geral

24/10/2014 8h09

Nada de poeira no ar, nenhum trator a postos, tudo completamente parado. Basta passar pelo Autódromo Internacional Nelson Piquet para suscitar a dúvida sobre a concretização do sonho de receber, em 2015, dois eventos de grande porte: Fórmula Indy, em março, e MotoGP, em setembro.

Tendo o relógio como adversário, a Coordenadoria de Comunicação para Grandes Eventos informou que o local seguirá sem obras até dezembro, quando o período de licitação para a contratação da reforma se encerra. 

O prazo é curto e é certo que a reforma para receber uma das principais competições automobilísticas do mundo seria apenas parcial. Orçada inicialmente em R$ 300 milhões, a obra total está prevista para ser concluída em três anos – o cronograma está divido em três partes.

“A primeira etapa contempla os ajustes necessários para a Fórmula Indy: a adequação da pista e de todos os equipamentos de segurança (guard rail, barreiras de pneus, áreas de escape). As demais etapas serão concluídas num período de até três anos”, informa a Coordenadoria de Grandes Eventos. 

O autódromo receberá nova pista, boxes remodelados, paddocks, centro médico, paisagismo, iluminação, infraestrutura, arquibancadas e segurança.

Futuro incerto

Candidato a governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) citou o valor salgado de R$ 300 milhões como um complicador. Ao JBr., ele afirma que tratará a questão de “maneira mais planejada”. “Não vimos um projeto que detalhe o retorno do investimento e as etapas do planejamento. É claro que, a princípio, as corridas de Fórmula Indy podem ajudar a fortalecer a imagem de Brasília, o que favorece o turismo e a economia do DF. Se há compromissos firmados, nós vamos assumi-los. Mas, com certeza, faremos isso de forma mais competente, planejada e com mais transparência.”

Jofran Frejat (PR) se mostra preocupado com os prazos. Para o candidato ao GDF, “seria muito ruim para o Distrito Federal cancelar dois eventos grandes como esses porque o governo local não consegue executar a tempo as contrapartidas a que se propôs”. “O mais sensato a fazer, depois que a atual gestão deixar o poder, é uma força-tarefa, com supervisão do Ministério Público, para acelerar a reforma do autódromo”, aponta Frejat.

Cine Drive-In fica no local

Outro assunto polêmico ronda a reforma do Autódromo Nelson Piquet. Está definido que o kartódromo, que se encontra dentro do complexo, não fará parte do novo projeto. De acordo com a Coordenadoria, apenas o Cine Drive-In permanecerá nas dependências do lugar. Mas, até agora, os responsáveis pelo Ferrari Kart não receberam nenhum comunicado oficial das entidades responsáveis e continua promovendo corridas amadoras e campeonatos profissionais.

 

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