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Polêmica entre Nasr/Ericsson repercute, mas não é novidade

Arquivo Geral

31/05/2016 7h00

Roberto Wagner

roberto.wagner@jornaldebrasilia.com.br

Era a 50ª volta de 78 em Mônaco, quando um acidente fez a equipe Sauber tomar para si as atenções do GP de domingo. Na apertada curva da Rascasse, o sueco Marcus Ericsson forçou ultrapassagem sobre o brasiliense Felipe Nasr, e provocou a colisão entre os carros da escuderia suíça. O acidente, no entanto, pode ter sido proposital. 

De acordo com o jornalista Rafael Lopes, do Blog Voando Baixo, uma pessoa ligada à Sauber informou que Ericsson teria admitido a membros da escuderia a intenção de causar o choque. Por mais que pareça uma atitude irresponsável, provocar um acidente premeditadamente não é novidade na F-1.  Ícones como Ayrton Senna e Alain Prost, por exemplo, já estiveram no “banco dos réus” por proceder desta maneira. 

Outra trombada polêmica nas pistas ocorreu no GP de Cingapura de 2008, quando o brasileiro Nelsinho Piquet simulou um acidente para beneficiar o companheiro  de Renault, Fernando Alonso.

Dick Vigarista

O heptacampeão Michael Schumacher herdou o apelido de Dick Vigarista – personagem de desenho, cuja característica era trapacear. Para citar um caso, em seu primeiro título, em 1994, o alemão cometeu um erro na última prova e bateu no muro. Ao voltar para a pista, jogou o carro para cima de Damon Hill, o rival na briga pelo título, que teve a suspensão quebrada.

A lista de acidentes discutíveis é extensa. Ao lado, o JBr detalha três casos emblemáticos.

Valeu título em  89 e 90

Os melhores pilotos da F-1 à época, Alain Prost e Ayrton Senna bateram um contra o outro em anos consecutivas. Em 89, o francês liderava o campeonato com 16 pontos de vantagem. Na penúltima prova do ano, no Japão, se chocou com Senna e abandonou a prova. Após uma punição ao brasileiro por ter usado a área de escape para voltar à pista, Prost ficou com o título. Logo no ano seguinte, em situação semelhante, veio o troco do brasileiro. À frente no campeonato, Senna provocou acidente contra o francês e ficou com o troféu de campeão.

Adeus à F-1

No GP de Cingapura, em 2008, Nelsinho Piquet foi o pivô de acidente polêmico. Convencido pelo diretor da Renault e então manager dele, Flávio Briatore, o piloto jogou seu carro contra o muro, a fim de ajudar o companheiro, Fernando Alonso, que disputava o título daquele ano. Briatore foi banido da F-1 e Nelsinho jamais voltou à categoria.

Teve esse ano

Depois de vencer as quatro primeiras corridas do ano, o alemão Nico Rosberg se envolveu em acidente com o companheiro de equipe,  Lewis Hamilton, no GP de Barcelona. Os pilotos da Mercedes colidiram na segunda curva e deixaram a prova. O acidente aconteceu logo após Rosberg ultrapassar Hamilton, que havia conquistado a pole position, na primeira curva.

Saiba mais

Os comissários  de prova de Mônaco decidiram punir Marcus Ericsson com a perda de três posições no grid de largada da próxima etapa, no Canadá. Considerado culpado pelo acidente, ele também perdeu 2 pontos na superlicença, somando agora seis.

Nasr não gostou de receber ordens para deixar o companheiro passar. “Ouvi o pedido de troca de posição, mas não achei que era hora de fazer isso. Não tinha motivo. Estava na minha corrida, simplesmente acabou ali”, disse Nasr, em entrevista à TV Globo.

Os pilotos se reuniram com a equipe antes mesmo do fim do GP de Mônaco. “No ano passado houve duas ocasiões em que ele não obedeceu a ordem de trocar de posição. Só achei que não tinha motivo nenhum de fazer isso naquela hora”, afirmou o brasileiro.

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